domingo, fevereiro 27, 2005

Às vezes esqueço-me...


... o privilégio que é poder distanciar-me da confusão da cidade aos fins-de-semana.
Estas fugas são o que me permite não me cansar de Lisboa e da vida activa que aqui se leva.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Estou preguiçosa (2)


Como preguiçosa que estou para escrever, deixo-vos imagens do meu dia... Afinal de contas uma imagem vale mais que mil palavras, ou não é?
Hoje tive o dia livre e aproveitei para estar com o meu menino! =) Passeamos muito e encontrámos a minha prima I.
Estava mesmo a precisar de um dia de descanso (até estava a precisar de mais...)!
Um beijo**

Estou preguiçosa...

até para escrever.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Mesa de café

Entramos num café e os meus olhos percorrem o espaço à procura da melhor mesa. Sentamo-nos na mesa do canto, no fundo da sala, porque permite uma visão global da sala e de quem entra.
"São dois cafés, se faz favor!"
A música de fundo deixa-me ouvir a voz de quem se sentou à minha frente, e apenas um murmúrio difuso vindo de outras mesas.
"Obrigada." Despejo meio pacote de açúcar, nem mais nem menos, e mexo vagarosamente enquanto aceno com a cabeça.
A luz é ténue. De uma e outra mesa partem rolos de fumo que ondulam no ar, até se desvanecerem, se misturarem numa fina névoa que tudo cobre.
Agarro na chávena de modo a aquecer as mãos geladas da rua. "Sim, sim..." respondo distraidamente enquanto observo o que se passa à minha volta.
Noutra mesa de canto um casalinho, de mãos unidas e cabeças quase coladas, derrete-se ao som das suas juras de amor. Na mesa do centro duas raparigas de ar emproado riem alto. Ali um homem engravatado lê as notícias do dia. Acolá uma senhora de carrapito e ar cansado dá o iogurte ao neto irrequieto. Aqui e ali mesas vazias.
Olho pela janela o lusco-fusco. As luzes dos automóveis que dão a curva encandeiam-me.
"Sim, já se faz tarde." "A conta por favor!"
E fechamos os casacos e piscamos os olhos enquanto voltamos ao frio desconfortável da rua.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Que bem que sabe...

... um chá de limão quentinho feito pela mamã!

Mais do que as prendas caras ou os elogios, são os pequenos gestos feitos com amor que nos aquecem mais o coração!...

Aceitação

A vida é feita de altos e baixos, e tudo o que nos acontece marca-nos: os momentos felizes deixam-nos boas recordações e os momentos tristes cicatrizes. Porque não podemos viver no passado, estas últimas têm que ser isso mesmo, cicatrizes... uma marca que nos recorde uma lição aprendida, que nos recorde que caímos mas que tivemos força para voltar a levantar-nos.
Já tenho dito mas nunca é de mais repetir, não nos podemos vergar face às adversidades! Devemos, sim, manter a cabeça fria e enfrentar os obstáculos. Para superar a frustração causada por contrariedades e imprevistos, é fundamental desenvolver a capacidade de perceber e aceitar o que acontece. Só aceitando conseguimos perceber a situação na sua dimensão real, sem exageros nem distorções.

Há que
aceitar que a vida nem sempre corre como desejamos e gozar a vida com tudo que ela oferece!

Amizade


"Nenhum indício melhor se pode ter a respeito de um homem do que a companhia que frequenta: o que tem companheiros decentes e honestos adquire, merecidamente, bom nome, porque é impossível que não tenha alguma semelhança com eles."
Adam Parfrey

domingo, fevereiro 20, 2005

Eleições

Já fui exercer o meu direito e dever de votar.
Espero que todos o façam.
Irrita-me quem não vai votar! Marcar posição é, quanto muito, votar em branco. Que interessa não ir? A única coisa que mostra é desinteresse.

Leituras

Depois de tanto tempo a ler somente apontamentos e livros técnicos recomendados, a alegria de voltar a pegar num bom livro "porque sim"!...
Começei a ler O Retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde... porquanto parece-me bem, mas quando acabar digo-vos o que achei.


Oscar Wilde - pequena biografia
Poeta, dramaturgo e ensaísta irlandês, de nome completo Oscar O'Flahertie Fingal Wills Wilde, nasceu a 16 de Outubro de 1854, em Dublin, e faleceu a 30 de Novembro de 1900, em Paris, França.
A sua obra, nomeadamente a poesia, apresenta características que permitem incluí-lo na corrente finissecular do Esteticismo. As comédias O Leque de Lady Windermere (1892) e A Importância de se chamar Ernesto (1895) [vi o filme, giríssimo!] são consideradas obras-primas. É autor também da famosa obra O Retrato de Dorian Gray (1890).
Pela sua homossexualidade, foi alvo de um célebre processo-crime, que o levaria a cumprir dois anos de prisão com trabalhos forçados (1895-1897). Depois de ser libertado, adoptou o nome Sebastian Melmouth e foi viver para França. Passou os últimos três anos da sua vida em Paris, onde publicou A Balada da Prisão de Reading (1898), revelando as condições inumanas da vida na prisão.

sábado, fevereiro 19, 2005

Estudantices (2)

Ontem fiz, finalmente, o último exame deste semestre! Bom, que alívio!... Já não aguentava estudar nem mais uma frase...
Agora é férias!! Bem, pelo menos até segunda-feira... lol

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Estudantices

Não tenho aqui escrito porque ando a estudar para um exame oral que vou fazer amanhã. Como eu odeio orais... estou numa pilha de nervos!!
Já comecei as aulas segunda-feira mas só houve duas teóricas de "apresentação", e ainda bem porque não iria estar com cabeça para mais nada...
Ai, este fim-de-semana vou descansar tanto!...

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

14 de Fevereiro (a.k.a. Dia dos Namorados)

Não resisto a manifestar aqui a minha indignação relativamente a quem ainda vai na conversa das prendinhas, postalinhos, coraçõezinhos e outros que tais... O "Dia dos Namorados" é só mais uma data disparatada (a par do dia da mãe/do pai/do sei-lá-mais-o-quê) para apelar ao nosso espírito consumista!...
Não preciso que ninguém marque uma data para te dizer, a ti, que te amo!!! =)

sábado, fevereiro 12, 2005

Mais um post de (des)amor...

Quem já amou e perdeu esse amor, sabe o que é o medo de estar sozinho, de ficar sozinho. A solidão empederne os corações, mata... e a necessidade de a ultrapassar leva-nos a cometer o erro de procurar o amor no sítio errado. Empurra-nos para o mundo das relações casuais, na esperança () de encontrar aquele sentimento que nos aquece a alma. Mas a alma, essa, não se deixa enganar. E o coração continua a bater sozinho.
Essa procura de um alguém que nos arranque da solidão, impede-nos de fazer o luto da relação que acabou. Então, ainda presos ao passado, procuramos construir um futuro... o resultado? Esse já se sabe, mais uma tentativa gorada de amar...

Relações

A paixão tolda-nos a vista e leva-nos a acreditar que a relação durará para sempre... mas a verdade é que, com o tempo, muitas (tantas!) relações acabam por esfriar. Um dia acordamos e, num repente, damos conta de que aquele sentimento tão intenso, aquele que nos fazia esquecer tudo o mais!, acabou. Morreu.
Mas não é bem assim, não pode ser assim! Num dia o amor, no outro dia a indiferença?
Tem que ser muito mais do que isso... talvez o que aconteça é que está cada um tão concentrado no seu umbigo, nos seus ciúmes, nos seus desejos de amar e de ser amado, no seu ideal romântico do que é o amor, que se esquecem do que é principal: do cuidado de procurar conhecer realmente a outra pessoa, da responsabilidade que é tomar conta do coração de outrem, da atenção às necessidades do outro, da importância dos pequenos gestos; então, com o tempo, a relação esmorece e torna-se superficial.
A princípio nem nos apercebemos... sentimos o amor tal como o idealizámos. Até que um dia há um toque que não nos arrepia, há um sentimento que queremos exprimir mas as palavras já não saem... e aí aparece a dúvida, e a dúvida leva, mais tarde ou mais cedo (dependendo da nossa capacidade de mentirmos a nós próprios), à certeza. À certeza inabalável, lancinante, de que afinal não é amor, não era amor... mas apenas o esboço de um sentimento que podia ter sido, e não foi.

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

LoL

Se estão à espera de um post inteligente então podem passar à frente... é que não resisti a colocar aqui esta anedota que me mandaram por mail :p


Um dia, a rosa encontrou a couve-flor e disse:
- Que petulância seres chamada de flor! Vê a tua pele áspera e a minha lisa e sedosa. Vê o teu cheiro desagradável e meu perfume sensual e envolvente. Vê o teu corpo grosseiro e o meu delicado e elegante... Eu, sim, sou uma Flor!
Ao que a couve-flor respondeu:

- De que adianta ser assim tão linda se ninguém te come...?

Uma música à partida simples mas que (me) toca: The Blowers' daughter

[teresinha numa onda lamechas]

Post telegráfico

Fiz mais um exame stop correu bem stop

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Deus

"Se Deus existe, o que eu sinceramente não acredito, entenderá que há um limite para a compreensão humana. Foi Ele quem criou esta confusão, onde há miséria, injustiça, ganância, solidão. A sua intenção deve ter sido óptima, mas os resultados são nulos; se Deus existe, Ele será generoso para com as criaturas que desejarem ir-se embora mais cedo desta terra, e pode até mesmo pedir desculpas por nos ter obrigado a passar por aqui."
in Veronika decide morrer, Paulo Coelho

terça-feira, fevereiro 08, 2005

Sonhando acordada

Sentada na secretária sinto o cansaço a apoderar-se de mim, a pouco e pouco, vergando-me sob o seu peso. Já lá vai mais de um mês de estudo intenso! Os dias sucedem-se uns atrás dos outros, parecendo-me a mim sempre iguais... (exceptuando os próprios dias de exame) cada novo dia é só mais um dia dedicado ao estudo.
Então, frequentemente, dou por mim a olhar para o infinito, a caneta tombada em cima dos cadernos, a sonhar acordada...
Que maravilhosa é esta capacidade de sonhar acordado! Com apenas um pouco de imaginação podemo-nos projectar para onde quer que seja, ser quem nos apetecer... podemos voltar ao passado ou construir um futuro...
Sonhar acordado é um óptimo escape para as preocupações do "mundo real". E, ao contrário dos sonhos ditos "normais", não temos que nos preocupar com pesadelos.


"Às vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois. Eu fico ali sonhando acordado, juntando o antes, o agora e o depois."
Sozinho, de Caetano Veloso

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Ensaio sobre a cegueira

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."
Livro dos Conselhos


Acabei ontem de ler o romance de Saramago "Ensaio sobre a Cegueira".
Para quem não leu, o ponto de partida é uma inexplicável epidemia de cegueira em que os cegos "vêem", não preto, mas branco. A partir daí, Saramago faz uma descrição brutal, mas sublime, do que é a natureza humana.
A maneira de escrever é a de sempre, com um mínimo de parágrafos e nada a demarcar o início das falas; nunca ao longo do livro há uma referência espacial ou temporal, nem mesmo chegamos a saber o nome dos personagens. Pode parecer confuso mas, pelo contrário, a leitura corre com uma fluidez que chega a ser embriagante.
É um livro dramático e que não nos deixa indiferente!



«O Bancário» - Tem considerado o Ensaio sobre a Cegueira como um livro duro. Porquê?
José Saramago - Trata-se de uma situação em que toda a gente cega e, a partir daí, ninguém sabe conviver, onde ir ou o que fazer, porque o mundo está organizado para quem vê. Então, sobem ao de cima os instintos maus, a necessidade de sobreviver contra os outros. Até agora, quem leu o livro está de acordo: é um livro duro.
«B» - O que o levou a escrever um livro assim?
J.S. - Não é fácil dizer porque se escreve um livro, embora este tenha uma resposta simples: o mundo (parece-me que estamos de acordo) não está bem, é terrível. Vamo-nos habituando às coisas más, dolorosas, alucinantes. E perdemos a sensibilidade, a capacidade de reagir às coisas más, de combatê-las. Este livro é, de uma maneira transposta, a metáfora do medo real. Tinha que ser duro, porque o mundo é duro e violento. Foi a consciência desta sociedade que é a nossa que me levou a escrever este livro.
«B»- É um grito de alerta?
J.S.- Não é um grito de alerta, porque os outros não dão por eles. É mais como quem cumpre um dever, uma obrigação. Se penso que as coisas estão assim, tenho que dizê-lo... Como se dissesse: como vamos? vamos mal. Não posso mudar o mundo, por isso a minha contribuição é escrever um livro onde o denuncie. E o leitor irá decidir até que ponto isso lhe interessa.

ANDRADE, Elsa, "Ensaio sobre a Cegueira ou o sofrimento de Saramago" in jornal O Bancário, s/l, 6 de Novembro 1995, pág.10.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Sucesso

Todos nós procuramos o sucesso. Seja a nível profissional ou no campo amoroso, é da natureza humana querermos ser o número 1 em tudo quanto nos envolvemos.
No entanto, se é normal querermos atingir a realização pessoal, já não se pode dizer o mesmo de querer obter êxito a qualquer preço. Há quem, movido pela ambição, não olhe a meios para atingir os fins, utilizando (habilmente, diga-se) os outros como trampolim para o sucesso. Sucesso fácil! Sem suor, nem sangue, nem lágrimas... mas à custa do suor, sangue e lágrimas dos outros, dos ingénuos. São os parasitas do reino, não animal, mas humano.
Estes seres, tão baixos e mesquinhos, são normalmente colegas que mostram ares de inteligência, maneiras agradáveis e porte bonito. São seres que, com um misto de simpatia e autoridade, conseguem impelir os mais fracos (de cabeça, claro está) a fazerem o seu trabalho, a assumirem culpas que não têm. Estes seres desprezíveis não se acanham em aproveitar-se do trabalho dos outros e, por vezes, com as suas manhas, ainda os conseguem convencer de que quem realmente merece os lucros são eles próprios.
Mas, felizmente, "nem tudo está podre no reino da Dinamarca". Ainda há aqueles para quem a paz de espírito é mais valiosa que os louros ganhos desonestamente. Ainda há quem defina estratégias baseadas na premissa do esforço e do trabalho honrado, para atingir os seus objectivos. Estes são os corajosos que sabem que o sucesso (ou o fracasso) só depende deles próprios.

Ponto Já

Hoje descobri a existência da Loja Ponto Já, na Av. Liberdade. É um novo espaço destinado (especialmente) aos jovens, onde se pode estudar, fazer trabalhos e aceder à internet. Tem também um espaço de lazer e um bar. O visual é muito jovem e moderno e, no que me concerne, bastante convidativo.

Para mais informações:
http://recursos.juventude.gov.pt/lojaspontoja.pdf
Vídeo:
http://recursos.juventude.gov.pt/lojasja.wmv