quinta-feira, junho 30, 2005


*As imagens que conservarão a memória de um dia bem passado*

O nosso mote:


LIVE STRONG

quarta-feira, junho 29, 2005

Feira Internacional de Artesanato

Podem pensar em coisa melhor para começo de férias do que comprinhas?? Na verdade, sim... mas não estava tempo para praia :p Ontem à noite fui à FIA, "...um local de encontro de expressões culturais, onde a arte e o saber fazer estão entregues a mãos que desenham o imaginário e constroem uma realidade única e viva de memórias...".

Adoro passar pelos expositores e sentir as singularidades de cada cultura: aqui o som dos djambés (África), ali o aroma dos incensos (Índia), acolá o brilho de dezenas de frasquinhos de perfume (Egipto), mais à frente as matrioskas muito bem alinhadas (Rússia) e ali ao pé o colorido do Brasil... Já sou fã =)

segunda-feira, junho 27, 2005

Finalmente...

...de FÉRIAS!!!

Na verdade, ainda teria amanhã (hoje, aliás, a julgar pelas horas...) um exame, mas não vou. [aqui ruborizo ao confessar a minha desistência]

Pois é, vou deixar para Setembro. Não é que, em vez de estudar, tenha ido para a praia, ou coisas que tal!... Estudei bastante (ou melhor, o máximo que consegui nos 2 dias que tinha disponíveis) mas não me consegui sentir preparada o suficiente para enfrentar uma oral de Psicofisiologia e, ainda, conseguir uma boa nota. Provavelmente, dava para passar! mas que hei-de fazer se gosto de sentir que mostrei o meu melhor? E o meu melhor não passa por notas inferiores a 15 lol

Bom, tanta justificação não sei para quê... ou melhor, sei: ainda estou a tentar convencer-me de que esta é a melhor escolha. Oh well, o que está decidido, decidido está!...

Posto isto, repito (alto, em bom som e sem problemas de consciência): estou finalmente de férias!

E viva o (merecido) descanso.

domingo, junho 26, 2005

Cartoon time

sábado, junho 25, 2005

(sem palavras)



(clicar acima)

sexta-feira, junho 24, 2005

Está na moda ir ao Psiquiatra.

Pelo menos é o que parece, hoje em dia.

Depois de um acontecimento penoso sente-se dor. Não é nada de anormal, pelo contrário!, faz parte de um normalíssimo processo de luto que se tem que ultrapassar. No entanto, há quem viva tão desligado de si próprio, que só se dá conta de que tem coração quando este dói. E o que é que faz? Procura quem lhe receite uma qualquer substância mágica que lhe adormeça a dor.

É triste esta banalização dos anti-depressivos e afins que, não só não curam o mal, como não permitem que se passe pelas usuais etapas que levam à cura da ferida.

O mal maior, causador desta situação, é o facto de as pessoas não se conhecerem a si mesmas. Passam o dia no emprego, ao fim da tarde vão beber um copo com os amigos para esquecer as dores de cabeça do malfadado emprego e, quando à noite chegam a casa, ainda vão ver a quinta da celebridades, o jogo do Benfica (ou qualquer outro programa anti-cultural) para não ter que pensar nas ditas dores. O resultado de passarem tanto tempo com o cérebro "dormente", é esquecerem-se de quem são.

Talvez seja por isso que uma grande causa de depressão seja o final de um relacionamento. A pessoa vive em função do seu consorte, sem existência própria, e, num repente, vê-se sozinha. Ou melhor, acompanhada, mas por alguém que já não sabe quem é: ela própria. E o susto causado por esse sentimento de vazio descamba em depressão.

É natural que, quando perdemos algo ou alguém que estava intrinsecamente ligado à nossa vida, nos sintamos como que se nos tivessem retirado o chão debaixo dos pés. Isto porque somos entidades compostas, em parte, por "pedaços" dos nossos amigos e familiares. Mas temos que ser entidades constituídas, principalmente, por nós próprios. E para isso precisamos de interioridade.

É necessário saber estar. Única e simplesmente, estar. Em casa, num jardim, em qualquer lugar onde se possa estar uns momentos sozinho. Apenas a conversar consigo próprio, sem a preocupação das "compras-que-ainda-tenho-que-ir-fazer" e coisas que tais. Abstrair-se da agitação do mundo e virar-se para dentro, "arrumar o sótão".

Acredito que momentos desses, de quando em quando, contribuem em muito para saúde mental.

quarta-feira, junho 22, 2005

Queixinha...

Um destes dias apeteceu-me mandar um miminho aos meus amiguinhos em geral (aqui) e o que é que aconteceu? Nada... nem uma pessoa me mandou um beijinho de volta!... :(
4 down, 1 to go!! (Que, por sinal, é só o pior de todos...)

domingo, junho 19, 2005

Obesidade Mental

[texto recebido por mail]

O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.

«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»

Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.»

O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.»

Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma: «O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.» O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante. «Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»

Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto.»

As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras. «Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo
de dieta mental.»

João Cesar das Neves (publicado no Diário de Notícias de 22 de Março de 2004)

quinta-feira, junho 16, 2005

Notícia interessante

Notícia acerca da futura implementação, em Portugal, de um sistema de aproveitamento das ondas do mar para gerar energia.

terça-feira, junho 14, 2005

Who knows if the moon's

who knows if the moon's
a baloon, coming out of a keen city
in the sky--filled with pretty people?
(and if you and i should

get into it, if they
should take me and take you into their baloon,
why then
we'd go up higher with all the pretty people

than houses and steeples and clouds:
go sailing
away and away sailing into a keen
city which nobody's ever visited, where

always
. . . . .it's
. . . . . . .Spring) and everyone's
in love and flowers pick themselves


E.E. Cummings in & (1925)

segunda-feira, junho 13, 2005

Shall we dance?

"We need a witness to our lives. There's a billion people on the planet... I mean, what does any one life really mean? But in a marriage, you're promising to care about everything. The good things, the bad things, the terrible things, the mundane things... all of it, all of the time, every day. You're saying 'Your life will not go unnoticed because I will notice it. Your life will not go un-witnessed because I will be your witness'."
Férias: daqui a 15 dias!

Depois, encontram-me junto ao mar... =)


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Adeus.

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes
Gast
ámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes
E eu acreditava.
Acreditava.
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
que todas as coisas estremeciam

só de murmurar o teu nome

no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugénio de Andrade in «Os Amantes sem Dinheiro» (1950)



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O "filho adoptivo do proletariado"

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Álvaro Cunhal

(1913-2005)

quinta-feira, junho 09, 2005

Preguiçite aguda

Estudar, estudar, estudar... e estudar. Grrrr!!
Bom, desde que dê frutos... :/

terça-feira, junho 07, 2005

O Meu Olhar

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.
Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

Alberto Caeiro

segunda-feira, junho 06, 2005

De volta...

... depois de quase 4 dias sem PC! Como consegui aguentar tanto tempo sem internet permanece um mistério lol Mas finalmente está arranjado. Yupi! Ao que parece nem era nada de complicado, mais valia tê-lo levado à "oficina" mais cedo.
besos****

sexta-feira, junho 03, 2005

Kingdom of Heaven

"Be without fear in the face of your enemies. Speak the truth, always, even if it leads to your death. Safeguard the helpless and do no wrong. That is your oath. "

Amizade

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"Conhecer alguém aqui e ali que pensa e sente como nós, e que, embora distante, está perto em espírito, eis o que faz da Terra um jardim habitado."
Goethe

quinta-feira, junho 02, 2005

Vida

Não tenho conseguido concentrar-me decentemente nos estudos. Sinto-me uma panela de água em ebulição. Tenho na cabeça um fervilhar de ideias e sonhos que não posso pensar em concretizar enquanto estiver em exames… Estou com as emoções à flor da pele e sinto em mim um borbulhar de sentimentos contraditórios: quero gritar, correr, gastar energias, mas tenho preguiça de ir ao ginásio; estou sedenta de conhecimentos novos, mas mal consigo arranjar força para estudar a matéria dos exames. Sinto o coração a querer saltar-me do peito, a cabeça a girar… estou ansiosa e não sei por quê. Sinto-me viva… demais!... Sinto o sangue a correr nas veias, um mundo de coisas a acontecer à minha volta, mas tenho que permanecer aqui, à secretária, a aturar a petulância dos números e equações. Olho pela janela o sol a brilhar nas pedras da calçada, os dedos tamborilam impacientes na folha de papel... Preciso de assentar os pés no chão, mas quero voar!


"É preciso viver, não apenas existir."
Plutarco

Tobias

O meu Tobias já voltou para casa! adoro o meu bunny! :p


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Lágrimas.

Quando mais nova era incapaz de chorar ao pé de outrem. Fazia com que me sentisse vulnerável, preferindo assim engolir as lágrimas. Ia guardando, acumulando, até que, onde ninguém me pudesse encontrar, finalmente explodia. Não tinha ainda aprendido que chorar não me diminui, liberta-me.
O derramar de lágrimas é próprio de quem tem coração. Faz afrouxar dentro de mim a opressão angustiante da tristeza, permitindo-me respirar e reflectir. Agora sei que não há problema se não me sinto forte o suficiente para carregar o fardo sozinha. Não é mau deixar que vejam dentro da minha alma. Foram precisos alguns erros mas desaferrolhei o meu coração, e só assim pude amar completamente. Percebi finalmente que ao dar-me aos outros, por muito frágil que isso me possa tornar nas suas mãos, recebo algo de muito grande em troca. E já não estou sozinha.