sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Faz-me o favor...

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada

É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor

Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor!
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.

Mário Cesariny

terça-feira, fevereiro 21, 2006

You scored as In Control.
You are In Control at all times. When you cry - You're gorgeous. Not because of your looks but because you are in control of your emotion and everything you think and feel. You aren't afraid.


.................What does your soul say about your eyes?

Touradas.

Há uma grande polémica à volta das touradas de morte. Existem mesmo vários movimentos anti-touradas de morte, o que apoio inteiramente! Mas eu não sou contra os touros de morte, sou contra as touradas em geral! Poderia haver diversão mais sádica?! Para manter elevada a moral do povo, vale tudo!...
Dizem que as touradas são tradição... E desde quando é que a tradição anda a par com a evolução das sociedades? Sendo assim, porque não lançar na arena uns quantos cristãos e um leão esfomeado...? Ah, e diz-se que é uma arte, não é? Sofrimento animal... sim, essa é, de facto, a definição de arte!...
A tourada é um manifesto à ignorância e crueldade do Homem. É vergonhoso que, num país (supostamente) evoluído, haja quem encontre beleza e diversão num espectáculo degradante e embrutecedor como este:

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Imagem de forcados a imobilizar o touro, depois de este já estar exausto e ferido.


Curiosamente, ao que parece, Portugal já foi um país livre de touradas. Em 1836, no Reinado de D. Maria II, o Ministro do Reino - Passos Manuel - promulgou um Decreto que proibia as touradas em todo país (Diário do Governo nº 229, de 1836): "Considerando que as corridas de touros são um divertimento bárbaro e impróprio de Nações civilizadas, bem assim que semelhantes espectáculos servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade, e desejando eu remover todas as causas que possam impedir ou retardar o aperfeiçoamento moral da Nação Portuguesa, hei por bem decretar que de hora em diante fiquem proibidas em todo o Reino as corridas de touros."


"A grandeza de uma nação pode ser avaliada pela forma como trata os seus animais."
Mahatma Gandhi

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Resposta a uma proposta de auto-reflexão.

Não podia recusar o pedido da Ana… Assim sendo, aqui vai a minha resposta:

5 Traços de personalidade:
- Sou super positiva… para mim, o copo estará sempre meio cheio.
- Sou organizadíssima (faço planos para tudo), mantendo o tempo sobre “rédeas curtas”.
- Não gosto de conflitos por isso, com coisas pequenas, muitas vezes prefiro “ir com a corrente”, a dizer o que penso. Mas gosto de discussões (das saudáveis) e irrita-me quem não sabe argumentar.
- Necessito de sentir que as pessoas gostam de mim, por isso tento sempre ser simpática e prestável, mesmo com quem não merece o esforço.
- Não gosto de dar nas vistas nem me sinto confortável sendo o centro das atenções, mas gosto de me destacar pela positiva e de sentir que, de algum modo, mantenho a diferença.

5 Hábitos estranhos:
- Quando me custa adormecer, imagino as coisas que vou fazer no dia seguinte (desligar o despertador, espreguiçar-me, ir soltar o Tobias…); adormeço sempre antes de “sair de casa”.
- Não gosto de dormir com o quarto totalmente escuro: tenho que deixar o estore entreaberto para que entre luminosidade dos candeeiros de rua.
- Só consigo desenhar uma letra bonita se o fizer numa folha nova/limpinha e com uma caneta Bic azul ou uma lapiseira afiada.
- Escrevo num papelito, todas as noites, as horas a que tenho que acordar no dia seguinte, as horas a que tenho que sair de casa, as horas a que passa o autocarro (se for o caso), e as horas a que tenho que estar no destino.
- Antes de lavar os dentes, tenho que passar a escova de dentes por água fria.

Não creio que me possa resumir em cinco traços, nem tenho, seguramente, apenas estes cinco hábitos estranhos… mas é este o desafio. E, para não quebrar a corrente, passo-o à E, à e à Sónia. Aceitam?

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Nova música no leitor:

Like a Stone, dos Audioslave.

The Libertine

Ando a aproveitar estas mini-férias para saciar a minha fome de cinema. Hoje fui ver a produção inglesa “O Libertino”, que conta com a E-X-T-R-A-O-R-D-I-N-Á-R-I-A interpretação de Johnny Depp (digna de um Óscar!), no papel do poeta do séc. XVII, John Wilmot.
“O Libertino” é um filme forte, que me deixou colada à cadeira como se estivesse a viajar a 300km/h. Não descolei os olhos do ecrã um segundo que fosse e, no final, senti aquela sensação de desorientação e de despertar de um transe como só um muito bom filme consegue provocar.
É daqueles filmes a não perder! (E pensar que íamos com intenção de ver um outro e que, só por acaso, reparámos que estava em cena um filme com o J.Depp…)

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quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.


Cecília Meireles

quarta-feira, fevereiro 15, 2006


O aniversariante!
Hoje é o 1º aniversário do Tobias (a.k.a Bias, Bibinho, Bíbi, Tobi, Nino-mai-lindo-da-menina;)
[Se ele não fosse tão irrequieto tirava-lhe uma foto para aqui postar, mas é impossível :p]

Acabou a época de exames, finalmente!

Para comemorar o (muito merecido!) descanso fui ao cineminha. Fui ver o Brokeback Mountain e adorei! Recomendo.

domingo, fevereiro 05, 2006

Fui ver o filme Match Point. Muito, muito bom! Depois de uns filmes (na minha opinião) mais fracos, Woddy Allen regressa em força com este. A ver!

Love Generation

de Bob Sinclair, é uma música que tem o dom de me pôr bem-disposta, em qualquer situação.

[Para ouvir, carrega play no rádio ali do lado.]

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar,
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Carlos Drummond de Andrade