sábado, dezembro 31, 2005

Resoluções para 2006

Uma para cada badalada!
1. Acabar com os "ses" (porque o tempo não volta atrás);
2. Não deixar acumular ressentimentos;
e para isso: 3. Não ficar calada quando tenho algo a dizer;
4. Aprender a delegar tarefas (que o stress anda a dar cabo de mim...);
5. Ser mais Eu (mesmo que isso me faça chocar com outros);
6. Continuar a aprender a dizer “não!”;
7. Deixar de roer as unhas (será que é desta?!);
8. Juntar dinheiro para ir ao Luxemburgo (ou seja, arranjar trabalho);
9. Esquecer a timidez e socializar mais;
10. Deixar de ser tão dependente de planos e horários;
11. Não deixar as velhas amizades ganharem pó;
12. Esforçar-me por cumprir estas resoluções!

2006

Daqui a menos de 22 horas, chega ao fim mais um ano. Inevitavelmente, sou assaltada por memórias de acontecimentos passados: Adoptei o Tobias … Pintei o cabelo ... Viajei, lá fora e cá dentro … Fiz novas amizades … Aprendi uma ou outra lição e fiz algumas conquistas. Com certeza houve tristezas, raivas e decepções… mas não me recordo! Creio que posso dizer, em jeito de balanço, que foi um ano feliz.

É com a consciência serena e o coração leve que aguardo o novo ano. Anseio por desbravar caminhos e construir castelos: um início de ano tem sempre sabor a novidade e a desconhecido. Que venha 2006! E com ele: amor de todos os tipos, montes de risos e sorrisos, novas experiências e aprendizagens, uma pitada de audácia, muito entusiasmo, a descoberta de pessoas e lugares, mais momentos “arco-íris” e histórias para contar.

Um desejo: que o ano de 2006 seja (ainda) melhor que este que finda!

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Depois dos doces, das conversas animadas e do papel de embrulho. Depois das luzes, das prendas, dos cantares e dos sorrisos. Depois de tudo o que forma e completa o Natal... vem o estudo!

Ai, o estudo... Já estou cansada e ainda as aulas não recomeçaram!... É fazer apontamentos, é ler textos atrás de textos, é espremer os neurónios até sair um ensaio decente... Quero férias!

(A verdade é que eu queixo-me, queixo-me, mas no fundo até gosto ;)

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Espírito Natalício

Este blog enche-se do espírito desta quadra festiva, com uma das minhas canções de Natal preferidas: White Christmas, na voz de Louis Armstrong.



[É só clicar no play ali ao lado]

Boas Festas!!

Os votos de um Natal feliz, recheado de coisinhas boas, na companhia de quem amam!

Querida Marisa,

conhecemo-nos há praticamente uma década e, apesar dos nossos caracteres tão distintos, construímos uma sólida relação de amizade.
És a minha melhor amiga e esta tua ausência vai ser sentida! Mas, já sabes, no Verão conta com a minha presença aí no Luxemburgo!!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Corpse Bride

"With this hand I will lift your sorrows. Your cup will never be empty, for I will be your wine. With this candle, I will light your way into darkness. With this ring, I ask you to be mine."

Adorei e recomendo!!

[Ando a pôr em dia as minhas idas ao cinema =)]

sábado, dezembro 17, 2005

The Constant Gardener

Image Hosted by ImageShack.us

Um "must see", sem dúvida!...

Férias!

Chegou ao fim mais uma semana infernal de aulas... a última deste ano!
Agora estou de férias!... É certo que há coisas da faculdade que quero ver prontas antes do final deste ano, sem contar com as prendas de Natal, ainda meio acabadas, que jazem em cima da secretária à espera do fim que lhes hei-de dar... Mas é FéRiAs! Até parece que o tempo corre mais devagar; de repente tenho tempo para sair, ir ao cinema, navegar na net, e escrever no blog... de repente vejo que é quase Natal e que está um frio bom, perfeito para passear de mãos dadas, ver com calma as iluminações de Natal e parar no meio da rua apenas para sentir o quentinho do teu abraço...
Estava de tal forma a precisar de um dia destes, que ainda nem fiz o "plano das festas" (que é como quem diz, o "plano de estudo") para estes 15 dias. Depois penso nisso...

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Mais ou Menos

"A gente pode morar numa casa mais ou menos,
numa rua mais ou menos,
numa cidade mais ou menos,
e até ter um governo mais ou menos.

A gente pode dormir numa cama mais ou menos,
comer um feijão mais ou menos,
ter um transporte mais ou menos.

A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos.

O que a gente não pode mesmo, NUNCA, de jeito nenhum, é
amar mais ou menos,
sonhar mais ou menos,
ser amigo mais ou menos,
namorar mais ou menos,
ter fé mais ou menos,
e acreditar mais ou menos.

Senão corremos o risco de nos tornar uma pessoa mais ou menos."

Chico Xavier

domingo, dezembro 11, 2005

Mulher-serpente

["Lamia, The Serpent Woman" ~ de Anna Lea Merritt]

Qual hábil encantadora de serpentes, magnetiza a presa com os seus movimentos carregados de sensualidade. Passeia-se languidamente por entre os homens, o cabelo comprido ondulando com o bambolear dos quadris. O olhar, delineado por longas pestanas recurvadas, não pousa em nada mas envolve tudo. Os que, avidamente, se atrevem a beijar os seus lábios, a sentir a sua pele perfumada, ficam para sempre cativos do seu feitiço, de serpente encantadora de homens.

sábado, dezembro 10, 2005

"Perseverance is the hard work you do after you get tired of doing the hard work you already did."

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Ausência

Ando com uma absoluta falta de tempo para tudo o que não tenha a ver com a faculdade (ou quase tudo). Peço perdão pela ausência, que sei que já vai sendo longa...

sexta-feira, dezembro 02, 2005

"I remember one morning getting up at dawn... there was such a sense of possibility... You know that feeling? And I remember thinking to myself that this is the beginning of happiness, this is where it starts. And, of course, there will always be more. It never occurred to me that it wasn't the beginning... it was happiness. It was the moment, right then."
In 'The Hours'

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Dia Mundial de Luta contra a SIDA

segunda-feira, novembro 28, 2005

"Os Belenenses"

Acabei de vir do estádio da Luz; fui ver o meu Belenenses jogar =) Foi a primeira vez que pisei um estádio! Foi uma emoção!! lol Só tenho pena não ter sido no Restelo... fica para a próxima. Sim, que agora já não quero outra coisa!... :p

sábado, novembro 26, 2005

1º Aniversário!

Foi há exactamente 365 dias que este espaço nasceu!

Quando criei este blog não fazia a mínima ideia se era algo para continuar. Criei-o um pouco por capricho, porque sim. Durante um tempo foi quase um segredo: queria ter a certeza de que não era apenas um entusiasmo passageiro.
Nas primeiras semanas escrevia a um ritmo diário, às vezes até vários posts num mesmo dia. Sentia que tinha tanto para dizer! Sempre me foi mais fácil escrever do que falar... Agora que de novidade passou a rotina (mas daquelas boas, feitas com gosto), nem sempre consigo dispensar um tempinho para escrever um texto mais elaborado; se bem que não passo sem deixar um pensamento, um comentário sobre um filme ou um livro, uma música, um poema... o que quer que seja que me tenha marcado o dia.

Já não me imagino a fechar a porta deste cantinho e deixar a "blogosfera". Tornou-se parte dos meus dias ir visitar os blogs conhecidos, deixar um ocasional comentário, ler (com o entusiasmo de uma criança!) qualquer comentário que me tenham deixado... Tenho caderninhos onde guardo cada bilhete-de-cinema-e-coisas-que-tais que compõem a minha vida; aqui, ao materializar o que me vai na cabeça e coração (principalmente coração), guardo outros registos que fazem parte de quem eu sou.

Nestes 365 dias muita coisa se passou: Ri e chorei. Aprendi e cresci! Também este espaço sofreu mudanças, várias até!, e, quem sabe, talvez a minha inconstância levará a mais!... É certo que o seu destino não passa por ser um daqueles blogs ultra-badalados… mas também nunca foi esse o objectivo. Nem sei bem qual é o seu objectivo! Apenas sei que gosto de escrever; e gosto de como o facto de o fazer me permite expor-me um pouco mais do que o que normalmente faço. Qual caderno de rascunho onde escrevinho pedaços de mim.

365 dias se passaram e eu continuo aqui, outra mas a mesma: confusa, sempre com mais dúvidas que certezas, apaixonada, ingénua mas forte, preguiçosa quando posso e trabalhadora quando tem que ser, e sempre com muito para dar!

Já que é um aniversário, creio que tenho direito a um desejo...! Desejo que este blog continue a ser ponto de ligação com antigas amizades & ponto de partida para novos conhecimentos.
E obrigada! Obrigada ao que, com carinho, de vez em quando cá deixam a sua marca, pois não faria sentido manter os murmúrios não fora vocês!

segunda-feira, novembro 21, 2005

Nova música no leitor:

"Terrible Angels", das manas CocoRosie.

One Art

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

--Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

Elizabeth Bishop

sábado, novembro 19, 2005

"You must have chaos within you to give birth to a dancing star."
Friedrich Nietzsche
Sabem aqueles avisos, nas portas de alguns prédios, que dizem algo como: "Fechar a porta, se faz favor"? Há pessoas a quem dá vontade de colocar um na testa que diga "É favor abrir a mente". Com tanta poeira na cabeça, se não abrem a porta para arejar, ainda morrem sufocadas na própria obtusidade.

"If you never change your mind, why have one?"
Edward de Bono

quarta-feira, novembro 16, 2005

i carry your heart with me (i carry it in
my heart) i am never without it (anywhere
i go you go, my dear; and whatever is done
by only me is your doing, my darling)

...............................................i fear
no fate (for you are my fate, my sweet) i want
no world (for beautiful you are my world, my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you

here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life; which grows
higher than soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart

i carry your heart (i carry it in my heart)

E.E. Cummings

[De Cummings só conheço um outro poema, que já aqui publiquei algures; este, ouvi no filme "In her shoes" e Amei! Tinha que partilhar com voçês.]

terça-feira, novembro 15, 2005

Cinema

Este Domingo aluguei o filme "A residência espanhola", que ainda não tinha visto, para poder ir assistir à sequela, "As bonecas russas". Gostei muito (dos dois) e recomendo.


[Gosto de partilhar estas insignificâncias... =)]

quinta-feira, novembro 10, 2005

Na biblioteca.

Na biblioteca o mínimo rumor soa a barulho. Para não quebrar este silêncio, quase inconscientemente, os movimentos são realizados com uma cadência mais lenta. As cabeças inclinam-se sobre os livros, e as canetas preenchem, com ligeireza, as folhas brancas. É sempre dia na biblioteca, e o tempo não passa. Mas, apesar da aparente harmonia, a atmosfera é cruzada por um cortejo incessante de pensamentos, de reflexões.
O odor a madeira e a livros torna presente a sensação de entrada num templo. Um templo de ideias. Na biblioteca sinto, quase fisicamente, a pequenez do meu mundo de conhecimentos.
Quando atravesso a entrada da biblioteca e a porta, atrás de mim, extingue os ruídos do exterior, entro noutro mundo. Aqui não me sinto sozinha, ou deslocada não minha solidão. Aqui sou só eu. Eu e os meus pensamentos. E os livros com os seus pensamentos. É o meu refúgio dentro deste edifício de coração frio.

[17h45: Ao ver-me sozinha no ritmo frenético do bar, vim para a biblioteca escrever... no entanto a descrição é de uma biblioteca algo diferente, fantasiada]

quarta-feira, novembro 09, 2005

Alimentação

Nunca fui grande apreciadora da cozinha tradicional portuguesa, mesmo os pratos mais simples nunca foram de grande atractivo. Prefiro as pastas, as saladas, os sabores exóticos… e descobrir, há pouco mais de dois anos, a comida macrobiótica foi, para mim, uma revelação, dada a variedade de cores e sabores (e que sabores!).
Passei a ser frequentadora assídua da “pista” macrobiótica da cantina da universidade e, em pouco tempo, passei a comprar cá para casa hambúrgueres vegetarianos e afins. Continuava, entretanto, a comer a comida dita “normal”, incluindo carne (que, por acaso, nunca teve grande destaque na minha alimentação).
Na semana passada, no entanto, decidi deixar (definitivamente?) de comer carne. Não me considero vegetariana dado a prematuridade desta decisão, além de que não abdico de um ou outro prato de peixe por semana, que o ómega 3 (dizem eles) é importante numa alimentação saudável.
Ando entusiasmada. A cada dois dias, aproximadamente, faço um prato diferente (pois sobra sempre para o dia seguinte). Esta decisão pôs-me a cozinhar e descobri que até nem me saio nada mal!

[Escrevo este texto com o estômago reconfortado por um maravilhoso tofu com cenoura, acompanhado de arroz de feijão e salada ;)]
Laugh often,
.........dream big,
................reach for the stars!

domingo, novembro 06, 2005

Oh p'ra nós tão lindos:


Hoje esteve um dia de sol maravilhoso. Adoro!

Tontices...

Image Hosted by ImageShack.us

sexta-feira, novembro 04, 2005

Conversa de café.

O Universo é infinito. Não tem princípio ou fim. Mas teve um momento inicial? Se sim, antes havia o quê? O Nada? Mas o Nada não dá origem a nada. Ou seja, se antes era o Nada, então agora também só "existia" Nada porque não há geração espontânea. Então isso quer dizer que o Universo surgiu de alguma coisa. E essa Alguma Coisa, surgiu do quê?
Ou então, por outro lado, o Universo sempre existiu, sempre foi igual a si mesmo. Mas isso não faz sentido, porque o Universo é dinâmico.
A Origem do Universo... a eterna questão!

quarta-feira, novembro 02, 2005

Hoje recebi o meu primeiro postal através do PostCrossing!! Veio da Alemanha. =)

"As mulheres portuguesas são parvas"

Por Prof.ª Maria Filomena Mónica

[Artigo publicado no Público há uns meses atrás.]

Nos últimos tempos, fui entrevistada por vários jornais, os quais, suponho que devido à crise económica, me enviaram mulheres muito novas. Eram geralmente bonitas, espertas, altas, modernas e rápidas. Eis, pensei, a Nova Mulher.
Inesperadamente, o final das conversas tendeu a escorregar para a dificuldade que elas encontravam na compatibilização entre o trabalho e a maternidade. Num caso, aconteceu mesmo ter eu descoberto estar a desempenhar o papel de psicanalista, dando conselhos sobre a forma como a jornalista em causa, que acabara de ter um filho, podia e devia reivindicar para si, sem se sentir culpabilizada, um maior espaço de autonomia.
Suponho que o facto de ser mulher, mãe e avó, convida a estas confissões imprevistas. Não me importei: as revelações das jovens serviram para me mostrar que as novas gerações femininas, pelo menos as da classe média, não têm a vida mais facilitada do que eu a tive há quarenta anos. Por um lado, as "criadas de servir", como antigamente lhes chamávamos, são hoje mais caras, por outro, a ideologia dominante sobre a função da mulher alterou-se menos do que eu pensava.
É isto que um trabalho, publicado por Karin Wall, do Instituto de Ciências Sociais, e por Lígia Amâncio, do ISCTE, veio demonstrar. A quase totalidade dos portugueses (93 por cento) considera que, num casal, tanto o homem quanto a mulher devem trabalhar fora de casa, mas um número impressionante (78 por cento) diz que uma criança pequena sofre quando a mãe trabalha. Cerca de metade da população afirma que as mães se deveriam abster de trabalhar quando têm filhos com menos de seis anos. Ora, devido aos salários reduzidos da maioria dos trabalhadores masculinos, Portugal possui a mais alta taxa de emprego feminino da Europa, uma situação que só pode conduzir a que as portuguesas vivam em estado permanente de culpabilidade.
Mas há mais. Os portugueses excedem-se verbalmente no seu amor pelas crianças: para 62 por cento, os indivíduos que não têm filhos levam uma "vida vazia". Ora, são estes senhores, que tanto dizem amar os filhos, que se não dão ao trabalho de lhes mudar as fraldas, de os levar ao médico ou de os alimentar. As mulheres portuguesas gastam três vezes mais horas do que os homens na lida doméstica: elas despendem, por semana, vinte e seis horas, eles apenas sete, o que dá uma diferença de dezanove horas semanais, uma média superior à europeia. As portuguesas continuam a ser exploradas, como se nada se tivesse passado desde o momento, na década de 1960, em que a minha geração ergueu a bandeira da emancipação feminina.
Algumas das jovens, que responderam ao inquérito, declararam conformar-se com a distribuição do trabalho vigente, chegando a dizer que "nós nunca nos zangamos por causa das tarefas domésticas", continuando a lavar a roupa, a passar a ferro e a mudar fraldas, como se os filhos não fossem responsabilidade de ambos. Sei, por experiência própria, que é mais fácil fazer greve às tarefas domésticas do que ao tratamento dos filhos. Apesar das minhas resistências iniciais, acabei por admitir que existe um laço afectivo diferente entre a mulher, que teve de carregar um feto na barriga durante nove meses, e o homem que se limitou a depositar nos ovários um montinho de espermatozóides. Mas isto não explica a exploração a que as minhas compatriotas são sujeitas, não só pelos maridos, como por uma sociedade que continua a atribuir-lhe todos os males contemporâneos, do consumo juvenil da droga à anomia cerebral dos alunos.
Nunca esperei que a situação fosse tão má quanto a que este inquérito revela. Na minha ingenuidade, pensei que, na História, havia domínios – sendo um deles a emancipação feminina – em que tinham verificado progressos. Depois de ler estes dados, tenho dúvidas. Algumas raparigas ainda parecem pensar que a sua única função no Universo consiste em desempenhar os papéis de esposas devotadas, seres paranoicamente ocupados com a limpeza do pó e mães tão excelsas quanto a Virgem Maria.
De certa forma, o destino das raparigas na casa dos trinta ou quarenta anos corre o risco de ser pior do que o meu. Quando casei, o que de mim se esperava, além da procriação continuada, era que passasse o dia a arrumar a casa, a cozinhar pratos requintados e a vigiar a despensa. Hoje, a estas tarefas vieram juntar-se outras. As mulheres modernas são também supostas ser boas na cama, profissionais competentes e estrelas nos salões. Mas isto é uma utopia. Nem a mais super das supermulheres pode levar as crianças à escola, atender os clientes no escritório, ir à hora do almoço ao cabeleireiro, voltar ao escritório onde a espera sempre um problema urgente, fazer compras num destes modernos supermercados decorados a néon, ler umas páginas de Kant antes de mudar as fraldas do pimpolho, dar um retoque na maquilhagem, telefonar a três "babysitters" antes de arranjar uma, ir ao restaurante jantar com os amigos do marido, discutir a última crise governamental e satisfazer as fantasias sexuais democraticamente difundidas pelos canais de televisão. Estou a falar, note-se, de mulheres socialmente privilegiadas. A vida das pobres é um inferno sem as consolações de que as suas irmãs de sexo, apesar de tudo, usufruem.
É por isso que a luta tem de continuar. Não sei se sou "feminista", nem me interessa debater a questão terminológica. Sei que sou contra todas as injustiças e, entre elas, contra a ideologia que nos quer manter encerradas numa Casa de Bonecas. Ao longo dos anos, tenho ouvido de tudo, incluindo mulheres que dizem estar contra a emancipação feminina. Pensei então que não valia a pena perder tempo com tontas. Mais madura, considero hoje que o melhor é retirar-lhes o direito ao voto, o direito ao divórcio e a protecção legal contra a violência doméstica. Se gostam de ser escravas, que o sejam. Acabou-se o tempo das contemporizações. Quem luta, tem direitos; quem se resigna, fica de fora.

terça-feira, novembro 01, 2005

Dia de Todos os Santos

Hoje, dia 1 de Novembro, comemora-se o Dia de Todos os Santos. Dia em que, por tradição, se visita as sepulturas dos entes queridos.
É também neste dia que, logo pela manhã, onde ainda se conserva o costume, se juntam grupos de crianças que, de porta em porta, vão pedir pela alma dos que já faleceram. Nas mãos levam uma bolsinha de pano e, em resposta ao pedido, as pessoas dão o que podem, tal como dinheiro ou guloseimas.
Uma tradição que faz parte da nossa cultura cristã e que não vejo mal na sua perpetuação. No entanto, já não partilho desta opinião no que toca a dias feriados importados de outras culturas, tais como o Halloween. Mas o que é que se há-se fazer, deve ser isto a tal globalização...

domingo, outubro 30, 2005

Nova música:

"Like a rolling stone", de Bob Dylan.

Um bocadinho do espírito dos "sixties" transportado para este cantinho.
Press play & enjoy!
E porque toda a gente tem um animalzinho de estimação virtual, eu não quis ficar atrás...! Sendo assim apresento-vos, aí do lado direito ao fundo, a versão digital do meu coelhinho Tobias! ;) É uma brincadeirinha engraçada a que não resisti a aderir.

sábado, outubro 29, 2005

Parece-me que já aqui não escrevo há uma Eternidade. A verdade é que esta semana foi absolutamente caótica! Poucas horas de sono e muito trabalho... Causa: apresentação oral (como as detesto!...). Agora está tudo mais calmo, só preciso de descanso, que o meu cérebro está a zeros.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Da procrastinação.

É em alturas como esta que a máxima "Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje" ganha toda uma nova força.

domingo, outubro 23, 2005

Rondel de l'adieu.

Partir, c'est mourir un peu,
C'est mourir à ce qu'on aime:
On laisse un peu de soi-même
En toute heure et dans tout lieu.

C'est toujours le deuil d'un voeu,
Le dernier vers d'un poème;
Partir, c'est mourir un peu.

Et l'on part, et c'est un jeu,
Et jusqu'à l'adieu suprême
C'est son âme que l'on sème,
Que l'on sème à chaque adieu.

Partir, c'est mourir un peu...

Edmond Haraucourt (1891)

----------------------------------------------------
Uma tradução feita "em cima do joelho":

Partir, é morrer um pouco,
É morrer para quem se gosta:
Deixa-se um pouco de nós mesmos
Em qualquer hora e em qualquer lugar.

É sempre o luto de um desejo,
O último verso de um poema:
Partir é morrer um pouco.

E parte-se, e é um jogo,
E até ao adeus supremo
É a alma que se semeia,
Que se semeia a cada adeus.

Partir, é morrer um pouco...

Meu amor...

Gosto de chegar uns minutos depois da hora marcada e que já lá estejas à minha espera. Ver-te ao longe e não conseguir conter um sorriso, enquanto caminho na tua direcção. Nos olhos, um brilhozinho de felicidade não passa despercebido. Adoro abraçar-te com força, como se não nos víssemos há uma semana, e murmurar-te ao ouvido as palavras carinhosas que me brotam do coração.
O tempo passa tão depressa (demasiado depressa!) quando estamos juntos...

[Mesmo depois de quase 4 anos de namoro, cada momento contigo tem sabor a primeira vez!...]
Por vezes, sinto-me como se vivesse num mundo à parte... Como quando sou confrontada com certas atitudes que, de tão mesquinhas, nem sabia possíveis.
O mundo real consegue ser demasiado feio. E eu só quero continuar a usar as minhas lentes cor-de-rosa!...

quinta-feira, outubro 20, 2005

quarta-feira, outubro 19, 2005

Decididamente, a ler.

O quê? A crítica de João Pedro George (do blog Esplanar) à pseudo-literatura (literatura "light", como gostam de lhe chamar...) de Margarida Rebelo Pinto.
Para terem uma ideia:
"(...) Margarida Rebelo Pinto repete-se imoderadamente, copia frases de uns para outros livros, utiliza por vezes citações de escritores sem lhes atribuir a origem, tem deslizes de ortografia e comete erros gramaticais, as personagens, as situações, os temas e a estrutura narrativa são sempre os mesmos, as vidas que relata são homogéneas e monótonas, há incongruências catastróficas no vocabulário dos narradores, retirando-lhes toda a credibilidade, as representações dos homens e das mulheres são padronizadas, estereotipadas e simplistas, a escrita toca as raias do mau gosto e do anedótico, o estilo é uniforme e preguiçoso. Tudo considerado, livros deploráveis, falhados e vulgares. Não é fácil afirmar estas coisas, no início senti-me inclusivamente desapontado. É que o fenómeno Margarida Rebelo Pinto era-me simpático. Quando a comecei a ler até estava predisposto a gostar dela. (...)"
A partir daqui o autor desenvolve os seus argumentos, com uma mão-cheia de exemplos.
Pessoalmente, só li o primeiro livro de Margarida Rebelo Pinto; não fez minimamente o meu género e, como tal, não tenciono perder mais nenhuma hora a ler os seguintes (sim, porque a leitura de escrita tão básica não leva mais tempo do que isso). Assim, não posso confirmar a totalidade do que J.P.George afirma no seu texto, mas adorei a crítica e recomendo vivamente.

segunda-feira, outubro 17, 2005

Ser feliz:

é saber saborear a vida... com todos os 5 sentidos!
"A vida não é a que cada um viveu, mas a que recorda e como a recorda para contá-la."
Gabriel García Márquez

sábado, outubro 15, 2005

...

Olharam-se nos olhos e, naquele momento, o resto do mundo desapareceu.
Ele verificou como a sua pele parecia aveludada naquela meia-luz, como os seus longos cílios faziam uma ligeira sombra sobre o doirado dos olhos. Ela notou como os seus lábios bem desenhados emolduravam uns dentes perfeitamente brancos, como os seus ombros largos pareciam um forte que a protegeria de qualquer mal.
Um vento quente e mágico envolveu-os e, com um único movimento suave, o primeiro beijo aconteceu.
Descobriram, naquele instante, que estavam destinados um para o outro e que nada (nem ninguém) os poderia vir a separar.

O Sonho

Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não frutos,
pelo Sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.

Chegamos? Não chegamos?

-Partimos. Vamos. Somos.


Sebastião da Gama, Pelo Sonho é que Vamos

sexta-feira, outubro 14, 2005

Apenas quando as pequenas coisas que tomamos como certas nos falham, é que entendemos a sua magnitude na nossa vida...

quinta-feira, outubro 13, 2005

Coloquei, na barra ao lado, um mini-leitor com uma música que, simplesmente, ADORO: "The great gig in the sky" dos incomparáveis Pink Floyd. Espero que gostem!

quarta-feira, outubro 12, 2005

"Descobri que a minha obsessão de que cada coisa estivesse no seu lugar, cada assunto no seu tempo, cada palavra no seu estilo, não era o prémio merecido de uma mente ordenada mas, pelo contrário, um sistema completo de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, mas como reacção contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir a minha mesquinhez, que passo por prudente por ser pessimista, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que não se saiba que pouco me importa o tempo alheio. Descobri, por fim, que o amor não é um estado de alma mas um signo do Zodíaco.”

Gabriel García Marquez inMemória das minhas putas tristes

Da individualidade.

Não se deve apenas "ir atrás do rebanho", relegando os próprios gostos e opiniões. Mas também não faz sentido limitar o comportamento só para não ir atrás desse rebanho. Há que fazer sempre aquilo em que se acredita, e isso só por si já nos torna únicos.
Num registo muito simplista, é ridículo ouvir apenas a música que "está na moda", para se ser igual, mas é igualmente ridículo ouvir apenas a "que não está na moda", para se ser diferente. Qualquer uma das atitudes demonstra inflexibilidade e tacanhez de pensamento. Há que "ouvir todo o tipo de música" para saber o que é que vale a pena seguir e, a partir daí, manifestar a diferença que está dentro de cada um.
Admiro, e secretamente invejo, quem tem uma ideia definida do que quer e faz o possível para o obter, cheio de determinação e força de vontade.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Ao contrário de muita gente, não gosto nada do som do vento a fazer abanar as folhas da árvore em frente e o da chuva a bater na janela, lá fora.
Parece que quem veio ocupar o lugar do Verão foi, não o Outono, mas o Inverno! (Mal)acompanhado de vento frio e de nuvens carregadas de chuva.
Já não existe Outono. Com o Sol frio a reflectir-se nas gotículas de humidade e a tornar tudo tão brilhante... Com as folhas douradas a formar tapetes estaladiços debaixo dos nossos pés...!

domingo, outubro 09, 2005

Ao que parece, o Verão cedeu o lugar ao Outono. E já não era sem tempo...


"Autumn leaves
Beauty's got a hold on me
Autumn leaves
Pretty as can be"
Beth Gibbons

Já fui votar!

E tu?
"Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada."

Ricardo Reis

quinta-feira, outubro 06, 2005

Quando se está à espera de uma mera apresentação da cadeira e afinal "levamos" com uma aula de duas horas... é, no mínimo, duro!

Irmãos Grimm

Image Hosted by ImageShack.us

Os irmãos Grimm foram eruditos que fizeram o registo das antigas narrativas e lendas germânicas, antes perpetuadas por tradição oral.
Neste filme Wilhelm e Jacob Grimm são apresentados como um par de vigaristas do séc. XIX, numa Alemanha ocupada pelos Franceses, que finge que livra aldeões de monstros e bruxas, ganhando assim dinheiro de forma fácil. Mas, quando são intimados pelas autoridades francesas a desvendarem uma série de desaparecimentos misteriosos, vêem-se forçados a enfrentar forças realmente fantásticas, sob pena de irem parar à guilhotina...
Dirigido por um dos "Monty Python" - Tery Gilliam -, o filme é um conto-de-fadas-com-toques-de-humor-negro, feito de "recortes" das histórias de encantar dos irmãos Grimm, onde não falta a Rainha Má, o Capuchinho Vermelho, a Cinderela ou Hansel e Gretel.

"One of the things I enjoy about my films is that children really love them. They are open-minded. As we get older we seem to close in. We limit the size of the world we limit everything about it. We have to break that shell open sometimes and The Brothers Grimm is just a desperate attempt to do so."
Terry Gilliam

segunda-feira, outubro 03, 2005

"Somewhere, over the rainbow, skies are blue,
And the dreams that you dare to dream really do come true."
Já repararam como a luz do amanhecer se assemelha com a do entardecer?
Também o que às vezes parece um final, não é mais do que um novo princípio.

domingo, outubro 02, 2005

Pôr-do-Sol

No topo da falésia, um vulto recortava-se contra o céu raiado de laranja. Ele aproximou-se. Lentamente, passou-lhe os dedos pelos cabelos soltos e os seus lábios tocaram-se suavemente.
Tendo como pano de fundo as luzes da cidade, sentaram-se olhando o horizonte. Ele pousou-lhe o braço sobre o ombro, puxando-a docemente para si, e esperaram.
Ao longe o Sol ia descendo no céu, tornando-se cada vez mais vermelho, cada vez mais intenso... qual último grito desesperado.
No final, quando apenas uns ténues raios lutavam contra o pesado cair da escuridão, ela olhou-o nos olhos procurando certezas.
Levantaram-se. De mãos dadas aproximaram-se da beira da falésia... e saltaram, no escuro abismo da eternidade.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Relógios.

Não consigo viver sem eles! Preciso de ter no pulso um relógio que me amarre ao tempo.
Há quem me diga que não suporta o
tic
...tac
.......tic
...........tac,
esse som constante e cadenciado... pois eu preciso desse pulsar, qual pulsar do coração. Talvez seja a vã sensação de controlo sobre o Tempo, ou talvez a certeza de que, neste mundo de loucos, pelo menos uma coisa é certa: um minuto terá sempre sessenta segundos.

No entanto, por um par de meses ao ano (os de Verão), concedo a mim mesma a libertação: não importam horas ou rotinas, só importa viver, ao ritmo desritmado do pensamento.
E sabe bem, porque só reconhece a liberdade quem um dia já foi prisioneiro.

domingo, setembro 25, 2005

Little Portugal

O texto que aqui publico é um excerto da crónica “Pluma caprichosa”, de Clara Ferreira Alves, que saiu na Única de ontem.
O texto fala da série “Little Britain” que passa na BritCom, na 2:, e remata com um parágrafo acutilante e satírico q.b.:

“A consolação que nos resta é que escusamos de escrever e produzir humor escatológico e brutalíssimo, a nossa realidade é suficientemente cómica. Numa única semana, tivemos vários sketeches geniais entre os candidatos à Câmara Municipal de Lisboa (gross, very gross, escatologíssimo), a estreia de um reality-show chamado “1ª Companhia” que acaba de vez com esse último bastião da dignidade e da honra nacionais que são os militares, na mesma semana em que os militares se batem e querem manifestar pela continuação da instituição militar como último bastião da dignidade e da honra nacionais, e a nomeação de Mr. Bean, um senhor ligado ao PS, respeitabilíssimo é certo mas não o suficiente para dizer ao primeiro-ministro não posso aceitar ser o presidente do Tribunal de Contas justamente porque sou respeitabilíssimo e do PS. E em Londres, of all places, Cavaco anunciou respeitabilissimamente que já tinha tomado uma resolução sobre o seu futuro político e mais não dizia porque estava em Londres (Ah! Ah! Ah!). E, claro, a maravilhosa manifestação de uns cromos da extrema-direita (é por isto que a extrema-direita tem a reputação que tem) no Alto do Parque, em frente à bandeira nacional gigantesca que o Santana plantou no seu último dia na Câmara (Ah! Ah! Ah!), contra o que eles chamam «os maricas». Nunca se deve proibir uma manifestação destas, ficávamos sem riso para a semana. Com o resto das personagens que por aí andam, os boys e os seus jobs, os autarcas arguidos, os líderes partidários, os assessores, os gays e os héteros, os donzéis e donzelas da nossa vida cor-de-rosa às pintinhas, o nosso primeiro ministro com boa pinta, os esquerdinhas e os direitinhas, fazia-se um Little Portugal de grande qualidade."

sábado, setembro 24, 2005

... Tudo é incerto e derradeiro.
...................Tudo é disperso, nada é inteiro. ...

Fernando Pessoa, Mensagem

sexta-feira, setembro 23, 2005

A saudade tem garras que me apertam cruelmente o coração...

quinta-feira, setembro 22, 2005

Olho para dentro e não sou eu que vejo. Quem é est'outra que não reconheço? Que em nada se assemelha ao eu que sei que sou...?

terça-feira, setembro 20, 2005

"I have found that all ugly things are made by those who strive to make something beautiful, and that all beautiful things are made by those who strive to make something useful."

Oscar Wilde

segunda-feira, setembro 19, 2005

Nova cara.

Como certamente devem ter reparado mudei a "cara" do blog. Já estava cansada do outro template... Este está bastante simples, espero que gostem!... (Mas o mais provável é ainda mudar a imagem do título porque não fiquei muito satisfeita com a actual.)

Descobri dois sites fantásticos:

www.bookcrossing.com – site de troca de livros. O sistema é muito simples e a ideia é genial!

www.postcrossing.com – site de troca de postais, com gente de todo o mundo! Acabei de me registar porque adoro receber cartas!...

Estudos.

Hoje começa uma nova etapa nas minhas férias: uma etapa de estudo. Durante os próximos 10 dias vou me empenhar em memorizar o maior número possível de termos e conceitos de Psicofisiologia para, dia 29, ser avaliada num exame oral. Tem que ser, não é verdade? Então… mãos à obra!

sexta-feira, setembro 16, 2005

Movimento 560

Amor.

"A Rapariga perguntou ao Rapaz se ele a achava bonita… ele disse que não. Ela perguntou se ele queria ficar com ela para toda a eternidade.... ele disse que não. Então ela perguntou se ele choraria se ela se fosse embora… e, outra vez, ele disse que não.

Tendo já ouvido demais a Rapariga afastou-se, com lágrimas a caírem dos seus olhos. O Rapaz, então, agarrou o seu braço e disse:

Tu não és bonita… és linda.
Eu não quero ficar contigo para sempre… eu preciso de ficar contigo para sempre.
E eu não iria chorar se fosses embora… eu iria morrer!... "

(texto que recebi por e-mail)

Adoro papelarias.

Percorrer as estantes com os olhos e, minuciosamente, observar cada caneta e lapiseira, cada qual com a peculiaridade que a torna especial: o cheiro de frutos, as cores brilhantes… Adoro percorrer com a ponta dos dedos cada caderno, sentir as diferentes texturas, folheá-los e sentir o aroma que se desprende.
É o meu ritual de início de aulas. Liberta-me da inércia das férias ao encher-me de vontade de estrear o bloco, ainda com as folhas perfeitamente lisas, com as canetas novinhas em folha. Quase que dá vontade de que chegue o início das aulas!...

sábado, setembro 10, 2005

Literatura

O Verão, para além de época de descanso e diversão, é também tempo de pôr as leituras em dia. Ao longo do ano os livros vão-se acumulando nas prateleiras, desejosos de serem folheados, fervilhando com histórias ainda não lidas. Depois, com o chegar das férias, é quase palpável o seu entusiasmo por saberem que chegou a altura de porem a sua magia a funcionar e me transportarem além-mundos, para a terra da imaginação.

Estas férias tive o prazer de ler, e recomendo vivamente:
- O crime do padre Amaro, de Eça de Queirós (Eça é, desde sempre, dos meus autores preferidos. Qualquer livro seu me fascina pelas críticas mordazes à sociedade do seu tempo.)
- Danças e Contradanças, de Joanne Harris (J.Harris – autora de Chocolate - é das poucas autoras contemporâneas que leio, mas que me prendeu pela extraordinária capacidade de me fazer sentir cheiros e sabores.)
- Memorial do Convento, de José Saramago (Depois de ter lido, ainda em época de exames, o Ensaio sobre a cegueira – que amei! -, tornou-se um dos meus mais recentes autores preferidos.)
- Cartas de Mário de Sá-Carneiro a Fernando Pessoa (Este livro apaixonou-me a tal ponto que acabei de o ler com lágrimas nos olhos; lágrimas de saudades do amigo que Sá-Carneiro se tinha já tornado.)
- Cem anos de solidão, de Gabriel García Marquez (Este livro é o que estou a ler presentemente e estou a adorar! Nunca tinha lido nada do autor e já estou a ver que tenho que procurar outros títulos seus.)

Infelizmente, ao chegar o término das férias, frequentemente observo que nem todos os livros tiveram a sua oportunidade de voar das prateleiras e brilhar. Enfim, teremos sempre o Verão que vem.

Nosso AMOR

Não pensamos da mesma maneira, não gostamos das mesmas coisas… O que é que faz com que nos sintamos almas gémeas? Francamente, não sei...!
MAS SEI que somos perfeitos um para o outro. O meu coração é [o] teu e, quando me enlaças, as nossas respirações fundem-se numa só.
MAS SEI que nos completamos. Antes de te conhecer, era apenas uma metade errante do que somos agora.
Quando olho nos teus olhos e vejo o reflexo do nosso amor, quando o sinto na doçura dos teus beijos... APENAS SEI que quero ficar contigo, para sempre!

quarta-feira, setembro 07, 2005

My summer of love

Image Hosted by ImageShack.us

"The most dangerous thing to want is more."

Adorei! Não há melhor cinema que o europeu, sem dúvida.

Soa a frio.

Ainda no quentinho da minha cama, espreguiço-me com vagar e atento ao que se passa lá fora. Este não é mais um dia de Verão, com certeza. Não se ouve o chilrear dos pássaros nem os “Bons dias” de quem passa na rua. Distingue-se apenas o triste som dos carros a rolarem na estrada e o das folhas de árvore a baloiçarem ao vento.
Fecho os olhos com força. Quero render-me ao sono e somente acordar quando o Sol aquecer de novo.

domingo, setembro 04, 2005

Charlie and the Chocolate Factory

"There's plenty of money out there. They print more of it every day. But that ticket? There are only five of them in the world, and that's all there's ever going to be. Only a dummy would give this up for something as common as money. Are you a dummy?"


Image Hosted by ImageShack.us

Numa palavra: Mágico! Tal como todos os filmes que carregam o toque especial de Tim Burton (Eduardo Mãos de Tesoura, Beetlejuice, O estranho mundo de Jack, ...). Agora, resta-me esperar ansiosamente pelo Corpse Bride! =)

sábado, setembro 03, 2005

Last night

Desde a operação stop em que iludimos o polícia quanto ao número de passageiros no carro, até à chamada para os bombeiros devido à fuga de gás no prédio, passando pela paragem forçada a meio caminho devido à mal-disposição de uma certa pessoa que não sabe beber (:p), a noite de ontem passou de "saída super divertida" a "episódio inacreditável de novela mexicana". LoL

Mas não deixou de ser divertido! =)

quinta-feira, setembro 01, 2005

Meu fiel leitor,

Peço mil perdões por estas tão prolongadas ausências, mas a verdade é que não fui só eu que tirou férias... o meu cérebro também. Ando com preguiça até de pensar, quanto mais de escrever... Mas, prometo, muito em breve algo de inteligente surgirá por aqui!
Até lá diverte-te com as fotos das férias que aqui vão sendo publicadas.
Sem outro assunto de momento,
teresinha

quinta-feira, agosto 18, 2005

Son Bou

A praia de Son Bou, onde fiquei hospedada, é a maior da ilha (com 2,4 km de comprimento).


Veio-se a revelar uma praia plena de surpresas, ...

... com águas maravilhosamente límpidas, ...

... e calor a convidar a refrescos de fruta.

E, assim, acabo este post de fazer inveja! ;)

Isla de Menorca

Reserva da Biosfera desde 1993, Menorca é uma ilha de clima cálido e águas cristalinas.
Uma viagem por Menorca é uma viagem pela sua História de conquistadores (ingleses, franceses, espanhóis) e povos pré-históricos. Estes últimos deixaram monumentos singulares, como as cuevas (grutas escavadas na rocha) ou as taulas (grandes pedras talhadas formando uma figura em T).
Entre os produtos típicos de Menorca destacam-se as avarcas (antigo calçado em pele dos camponeses), o gin (que com limão é chamado de bodega) e, claro, a maionese.


Na igreja de Santa Eulàlia em Alaior

Na pitoresca povoação de Binibeca


Em visita ao famoso bar na Cova d'en Xoroi

Viagem no porto de Maó (capital de Menorca)



Em Ciutadella

quarta-feira, agosto 17, 2005

Telegrama

Voltei STOP Férias maravilhosas STOP Aguardem fotos STOP

terça-feira, agosto 09, 2005

Aviso

Durante os próximos 8 dias este meu cantinho vai estar encerrado para férias.

Isto porque, esta madrugada, apanho o avião para Menorca! =) Depois conto-vos como foi :p

Beijões enooooooormes * * * *

segunda-feira, agosto 08, 2005

Um dia ...

... no castelo de São Jorge com a minha prima =)

Fomos ver o espectáculo multimédia na Olissipónia e comemos pinhões do chão LoL

Foi muuuuuuuuito divertido!

sábado, agosto 06, 2005

A minha actividade ...

... "bloguística" não tem andado muito activa. Não tenho tido muito sobre o que escrever... Nesta semana não fiz nada de especial. Tenho ido almoçar com o namorado ao castelo de São Jorge (onde ele está a trabalhar), e depois lá passo a tarde, acompanhada de um livro e de um bloco de desenho. À noite, moída do Sol e de subir e descer a colina, brinco com o Bias, vejo um pouco de tv e caio na cama.

E pronto, já não sais "de mãos a abanar", que já te deixei um paragrafozito para ler. =D
Beijos*

quinta-feira, agosto 04, 2005

"I guess it's hard for people who are so used to things the way they are - even if they're bad - to change. 'Cause they kind of give up. And when they do, everybody kind of loses."

em Pay It Forward (2000)

quarta-feira, agosto 03, 2005

Tantos comentários que me têm deixado nestes últimos dias!

**Adoro-vos**
=)

segunda-feira, agosto 01, 2005

Sines - alguns momentos

Na viagem de ida

Image Hosted by ImageShack.us Image Hosted by ImageShack.us

Na praia



Image Hosted by ImageShack.us



Image Hosted by ImageShack.us Image Hosted by ImageShack.us

No pic-nic


Image Hosted by ImageShack.us Image Hosted by ImageShack.us

Nos concertos


Image Hosted by ImageShack.us Image Hosted by ImageShack.us


Image Hosted by ImageShack.us

Na vila



Image Hosted by ImageShack.us Image Hosted by ImageShack.us

No quarto, para a despedida


Image Hosted by ImageShack.us

FMM - Sines

Com muita pena minha, já estamos de volta. Mas foram 3 dias inesquecíveis!

A primeira noite de festival foi brindada com um céu limpo e estrelado, prenúncio dos maravilhosos dias de praia que se sucederiam. Com o vento quente a acariciar-nos a face, o doce aroma a hortelã a infiltrar-se-nos nas narinas, deixámo-nos levar pela energia que fluía do palco, vinda dos quatro cantos do mundo.

Image Hosted by ImageShack.us


Nos palcos do Festival Músicas do Mundo a globalização, como alguém dizia, toma todo um novo sentido: não o de uniformizar os povos, mas sim o de permitir que diferentes culturas se manifestem e encontrem, numa mistura de sonoridades.

É um festival maravilhoso!

Image Hosted by ImageShack.us


quarta-feira, julho 27, 2005

Quando ...

não se tem nada que dizer... fala-se do tempo. E que tempo! Onde já se viu Verão assim?! Bom, é da maneira que aproveito para fazer outras coisas, que não ir à praia. Como, por exemplo, ir ao cinema:

"I like to move it move it, You like to move it move it..." =)

Mesmo assim, espero que o tempo melhore pois Sines não terá a mesma graça se o Sol continuar obstinadamente escondido.

domingo, julho 24, 2005

Um dia ...

... em que se reviveram "velhos tempos" e se viveram outros, para mais tarde recordar.


o grupinho =)

As poses pra foto: