terça-feira, maio 23, 2006

Fuga.

Quando me sinto atolada em trabalho, esmagada pela preocupação dos prazos a cumprir, frustrada por ter que depender da (ir)responsabilidade de outros, enfim, encurralada no mundo do qual sou centro, gosto de ir para o jardim da faculdade. Aí concentro-me no chilrear dos pássaros, no murmúrio das folhas agitadas pelo vento, nas carícias do sol, e esvazio totalmente a cabeça.
Ver como sou um imenso mundo para a formiga que surpreendo a passear na minha mão, e como não sou mais que uma formiga na imensidão que me envolve, ajuda-me a encarar os problemas numa perspectiva diferente.

Do amor.

Ela - Gosto de ti... tanto!
Ele - Quanto?
Ela - Assim (e abre os braços, bem esticados)
Trocam olhares cúmplices e riem-se das suas patetices.

quinta-feira, maio 11, 2006

Trabalhos manuais

As técnicas: Papier mâché, tricot, macramé, tye dye ...
Os materiais: Fimo, feltro, lâ, contas de vidro, missangas, fio de nylon, alicates ...
Os resultados: Brincos, colares, pregadeiras, bolsinhas, pulseiras ...
Adoro criar este tipo de peças, principalmente para oferecer. As prendinhas personalizadas têm outro valor: requerem tempo, paciência, muito carinho e uma pitada de imaginação, além de serem únicas. Mas não aceito encomendas =)

quarta-feira, maio 10, 2006

Há dias assim...

Os dedos deslizam-me pelo teclado, com a agilidade experiente de uma pianista, mas nada do que escrevo se relaciona, sequer vagamente, com o trabalho que deveria estar a preparar.

O que me apetecia.

O que me apetecia mesmo não era estar aqui fechada em casa. Não era ter que estar em frente ao computador a trabalhar. Não era saber que contam comigo para levar trabalho feito amanhã de manhã. Não era ter tão presente o aproximar galopante de certas dadas cruciais na minha vida de estudante.

O que me apetecia mesmo era vestir uma roupinha primaveril e sair porta fora. Era fugir da cidade por uma horas, ir para o campo. Era descalçar-me e sentir todas as energias negativas desaparecerem no contacto com a terra húmida. Era fechar os olhos, sentir o sol ruborizar-me a face, e sorrir despreocupada.

Talvez, ao voltar dessa escapadinha reparadora, já não me custasse tanto concentrar-me num trabalho em que até gosto do tema.

Da beleza.

Alturas houveram em que, devido a preocupações ridículas sobre gordurinhas, não me conseguia achar atraente. A isso decorria a baixa auto-estima, a teima em tentar seguir dietas impossíveis, etc.
Entretanto, cresci. Hoje sei que não existem corpos feios, mas apenas percepções negativas desses corpos. O truque é descobrir as características que sentimos como mais bonitas e procurar realçá-las. Quanto àquelas coxas rechonchudas, ou àquele rabiosque magricela, há sempre a possibilidade de os tentar melhorar com exercício físico e/ou dieta apropriada – tendo sempre presente que é impossível mudar a forma do nosso corpo –, mas o primeiro passo tem que ser a aceitação do que somos.
Se nos sentirmos bem connosco próprias, isso vai se reflectir no modo como andamos, como sorrimos, como nos relacionamos… Leva a que sejamos envolvidas por um halo de harmonia, de auto-confiança, que nos torna irresistíveis. Além disso, já que todos temos diferentes preferências e gostos, haverá sempre alguém, para nosso espanto, a sentir-se atraído exactamente por aquela característica que achávamos tão deselegante.
Claro que não acredito que a Beleza (seja a beleza de um corpo de proporções ideais, ou a beleza de quem se sente e se mostra deslumbrante) seja o factor determinante nas relações amorosas. Nada disso. É inegável que a atracção inicial, aquele despertar dos sentidos para uma outra pessoa, é fruto de uma primeira impressão favorável. Mas no que acredito firmemente é que, para existir a disponibilidade emocional necessária ao estabelecimento de uma ligação, é vital a aceitação do que somos. Só quando nos aceitamos como seres lindos, por dentro e por fora (mesmo com todas as falhas e imperfeições inerentes ao ser-se Humano), é que podemos pretender aceitar o todo que constitui o outro.
Para mim, no que toca ao interior, esta aceitação não deve ser uma mera admissão passiva dos defeitos. Deve haver uma procura activa de aperfeiçoamento, de modo constituirmo-nos como uma unidade harmoniosa, em sintonia com o Universo.

terça-feira, maio 09, 2006

Sabias?

Em muitos idiomas europeus, a palavra noite é formada pela letra n seguida do número 8. Este último, deitado, simboliza o infinito em linguagem matemática.

Exemplificação
Português: noite = n + oito
Inglês: night = n + eight
Alemão: nacht = n + acht
Espanhol: noche = n + ocho
Francês: nuit = n + huit
Italiano : notte = n + otto

Porquê esta estreita relação entre a noite e o infinito? Possivelmente, para mim, porque é de noite, perante um céu estrelado, que conseguimos ter a mais leve noção do que é o Infinito.

segunda-feira, maio 08, 2006

É vergonhosa,

a frequência de "postagem" neste espaço. Dá-se uma pessoa ao trabalho de aqui vir espreitar e encontra, sistematicamente, o quê? - nada de novo. [pensamento do hipotético leitor, entenda-se]

A desculpa [da autora, pois claro]: estive uma semanita sem pc e, como tal, impossibilitada de satisfazer o ávido leitor. Mas estou de volta! Se bem que, com os trabalhos e a cada vez mais próxima época de exames, é possível que a frequência de posts se mantenha irregular.