terça-feira, dezembro 02, 2008

Tobias

Nascido a 15 de Fevereiro de 2005, tornou-se a alma da nossa casa no dia 29 de Março desse mesmo ano. É com desmedido desgosto que deixo aqui este registo, pontuado por lágrimas que correm sem que as consiga evitar, pois, infelizmente, quis o destino que hoje partisse, deixando nos corações de quem o amou a dor de quem perdeu um amiguinho. A casa ficou hoje infinitamente mais vazia, mas no nosso coração fica a certeza de que, a pouco e pouco, as lágrimas de tristeza darão lugar a sorrisos saudosos perante as recordações dos momentos felizes que passámos juntos.
Foram quase 4 anos de uma companhia tal, como nunca imaginaria que me pudesse ser proporcionada por um coelhinho. Vão fazer-me falta as lambidelas tão carinhosas, os amorosíssimos pedidos de festinhas, as traquinices que tanto me faziam rir, as teimosias, os momentos de relaxamento passados em carinhos mútuos, a delícia que era vê-lo lavar o focinho e as orelhinhas…
Conforta-me a profunda convicção de que seria impossível mimá-lo mais e de que teve uma vida preenchida, plena de amor e alegria.



Edit: Dois meses passados e, de quando em quando, dá uma saudade de ouvir o som das patinhas dele a saltitar e a escorregar no soalho de madeira... do barulhinho cadenciado ao roer uma cenoura... do seu cheirinho sempre tão perfumado... dos beijinhos... dos momentos que passavamos em completo relaxamento... até de quando ele me levava ao desespero com as suas "mordidelas de amor", quando se lembrava de me fazer a corte!... E, nestas alturas, o coração ainda chora de dor.

segunda-feira, novembro 24, 2008


Ben Willis: Once upon a time, I wanted to know what love was. Love is there if you want it to be. You just have to see that it's wrapped in beauty and hidden away in between the seconds of your life. If you don't stop for a minute, you might miss it.

sábado, novembro 22, 2008

"The human heart has hidden treasures,
In secret kept, in silence sealed;­
The thoughts, the hopes, the dreams, the pleasures,
Whose charms were broken if revealed."

Charlotte Brontë, no poema Evening Solace

quinta-feira, novembro 20, 2008

"How can a woman be expected to be happy with a man who insists on treating her as if she were a perfectly normal human being?"
Oscar Wilde

terça-feira, novembro 18, 2008


Cassandra: There is only one page left to write on. I will fill it with words of only one syllable. I love. I have loved. I will love.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Para uma boa compreensão de um artigo científico

"IT HAS LONG BEEN KNOWN"... I didn't look up the original reference. 

"A DEFINITE TREND IS EVIDENT"... These data are practically meaningless. 

"WHILE IT HAS NOT BEEN POSSIBLE TO PROVIDE DEFINITE ANSWERS TO THE QUESTIONS"... An unsuccessful experiment, but I still hope to get it published. 

"THREE OF THE SAMPLES WERE CHOSEN FOR DETAILED STUDY"... The other results didn't make any sense. 

"TYPICAL RESULTS ARE SHOWN"... This is the prettiest graph. 

"THESE RESULTS WILL BE IN A SUBSEQUENT REPORT"... I might get around to this sometime, if pushed/funded. 

"IN MY EXPERIENCE"... Once 

"IN CASE AFTER CASE"... Twice 

"IN A SERIES OF CASES"... Thrice 

"IT IS BELIEVED THAT"... I think. 

"IT IS GENERALLY BELIEVED THAT"... A couple of others think so, too. 

"IT MIGHT BE ARGUED THAT" ... I have such a good answer for this objection that I now raise it.

"CORRECT WITHIN AN ORDER OF MAGNITUDE"... Wrong. 

"ACCORDING TO STATISTICAL ANALYSIS"... Rumour has it. 

"A STATISTICALLY-ORIENTED PROJECTION OF THE SIGNIFICANCE OF THESE FINDINGS"... A wild guess.

"A CAREFUL ANALYSIS OF OBTAINABLE DATA"... Three pages of notes were obliterated when I knocked over a glass of beer. 

"IT IS CLEAR THAT MUCH ADDITIONAL WORK WILL BE REQUIRED BEFORE A COMPLETE UNDERSTANDING OF THIS PHENOMENON OCCURS"... I don't understand it 

"AFTER ADDITIONAL STUDY BY MY COLLEAGUES"... They don't understand it either. 

"THANKS ARE DUE TO JOE BLOGGS FOR ASSISTANCE WITH THE EXPERIMENT AND TO CINDY ADAMS FOR VALUABLE DISCUSSIONS"... Mr. Bloggs did the work and Ms. Adams explained to me what it meant. 

"A HIGHLY SIGNIFICANT AREA FOR EXPLORATORY STUDY"... A totally useless topic selected by my committee. 

"IN AN IMPORTANT PAPER BY SMITH AND JONES, ..." This obscure paper by Smith and Jones agrees supports my theory. 

"IT IS HOPED THAT THIS WILL STIMULATE FURTHER WORK IN THIS FIELD" ... This paper isn't very good, but neither are any others on this miserable subject.

"IT IS HOPED THAT THIS STUDY WILL STIMULATE FURTHER INVESTIGATION IN THIS FIELD"...
I quit. 

quarta-feira, setembro 17, 2008

Um oceano de plástico

Por Eduardo Wagner [http://idealismodebuteco.wordpress.com]


Durabilidade, estabilidade e resistência a desintegração. As propriedades que fazem do plástico um dos produtos com maiores aplicações e utilidades ao consumidor final, também o tornam um dos maiores vilões ambientais. São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração vem de terra firme.

Foto do vórtex

No oceano pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico, que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de mais de 1000 km de extensão, a concentração de lixo extende-se a partir da costa da Califórnia, atravessa o Havaí e chega a meio caminho do Japão, atingindo uma profundidade de mais ou menos 10 metros. Acredita-se que haja neste vórtex de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos.
Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas , bonecas, patos de borracha, tênis, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques, malas e todo exemplar possível de ser feito com plástico. Segundo seus descobridores, a mancha de lixo, ou sopa plástica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.


Oceano Plástico


O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, que pesquisa esta mancha a 15 anos compara este vórtex a uma entidade viva, um grande animal se movimentando livremente pelo pacifico. E quando passa perto do continente, você tem praias cobertas de lixo plástico de ponta a ponta.
A bolha plástica atualmente está em duas grandes áreas ligadas por uma parte estreita. Referem-se a elas como bolha oriental e bolha ocidental. Um marinheiro que navegou pela área no final dos anos 90 disse que ficou atordoado com a visão do oceano de lixo plástico a sua frente. “Como foi possível fazermos isso?” – “Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo”.


Tartaruga deformada por aro plástico


Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plástica que foi manufaturada desde que descobrimos este material, e que não foram recicladas, ainda estão em algum lugar. E ainda há o problema das partículas decompostas deste plástico. Segundo dados de Curtis Ebbesmeyer, em algumas áreas do oceano pacifico podem se encontrar uma concentração de polímeros de até seis vezes mais do que o fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha.


Todas a peças plásticas à direita foram tiradas do estômago desta ave

Segundo PNUMA, o programa das nações unidas para o meio ambiente, este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive nesta área, como tartarugas marinhas, tubarões, e centenas de espécies de peixes.

Ave morta com o estômago cheio de pedaços de plástico

E para piorar essa sopa plástica pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nestas regiões estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade de que o que fazemos à terra retorna à nós, seres humanos.


Via: The Independent, Greenpeace e Mindfully

sábado, setembro 13, 2008

Tenho andado desaparecida.

Não me tem apetecido escrever no blog, aparecer no MSN ou até mesmo mandar uma mensagem a dizer que estou viva a certas pessoas que são importantes para mim.

Ando bem, feliz até!, mas tenho precisado desta distância, que chega a ser egoísta. Como se a dura e cansativa realidade da minha actual vida de finalista esteja tão gritantemente presente em todos os momentos, que necessito de me rodear de pessoas de quem sei pouco, e que pouco sabem sobre mim, para me poder distanciar de tudo aquilo de que só me apetece fugir.

Depois de um ano lectivo extenuante, e com o relatório de estágio concluído, entregue e corrigido, tirei umas merecidas férias durante o mês de Agosto. As paragens incluíram dias maravilhosos de aventura em terras portuguesas

e dias de descoberta de uma cultura diametralmente oposta à nossa.


No primeiro dia de Setembro voltei a enfiar o nariz nos livros, já que ainda me falta terminar a dissertação de mestrado. Substitui os óculos de sol pelos de leitura, abandonei os romances em detrimento dos artigos científicos, troquei o torrar ao sol pelo queimar das pestanas ao debruçar-me sobre livros todo o santo dia.


Posso dizer que voltei renovada das férias e com um novo ânimo para trabalhar. Mas, verdade seja dita, ainda não consegui voltar ao ritmo de trabalho acelerado que me é exigido pelo escasso tempo que falta para a data de entrega da tese. Por vezes ainda dou por mim a olhar pela janela da biblioteca e a sonhar acordada com as coisas bem mais emocionantes que poderia estar a fazer…


Enfim, o fim-de-semana está aí à porta para dar a provar aquele gostinho de liberdade de que não me canso.

Até breve!

terça-feira, julho 15, 2008

Fatalismo

Amo o que em ti há de trágico. De mau.
De sublime. Amo o crime escondido no teu andar.
A tua forma de olhar. O teu riso fingido
e cristalino.

Amo o veneno dos teus beijos. O teu hálito pagão.
A tua mão insegura
na mentira dos teus gestos.
Amo o teu corpo de maçã madura.

Amo o silêncio perpendicular do teu contacto
A fúria incontrolável da maré
nas ondas vaginais do teu orgasmo.

E esta tua ausência
Este não-ser que é.



Manuela Amaral

domingo, julho 13, 2008

Gangs em confronto ;)

sábado, julho 12, 2008

Desiderata

Go placidly amid the noise and the haste, and remember what peace there may be in silence. As far as possible without surrender be on good terms with all persons. Speak your truth quietly and clearly; and listen to others, even to the dull and the ignorant, they too have their story. Avoid loud and aggressive persons, they are vexations to the spirit.

If you compare yourself with others, you may become vain or bitter; for always there will be greater and lesser persons than yourself. Enjoy your achievements as well as your plans. Keep interested in your own career, however humble; it is a real possession in the changing fortunes of time.

Exercise caution in your business affairs, for the world is full of trickery. But let not this blind you to what virtue there is; many persons strive for high ideals, and everywhere life is full of heroism. Be yourself. Especially do not feign affection. Neither be cynical about love; for in the face of all aridity and disenchantment it is as perennial as the grass. Take kindly the counsel of the years, gracefully surrendering the things of youth.

Nurture strength of spirit to shield you in sudden misfortune. But do not distress yourself with dark imaginings. Many fears are born of fatigue and loneliness. Beyond a wholesome discipline, be gentle with yourself. You are a child of the universe, no less than the trees and the stars; you have a right to be here. And whether or not it is clear to you, no doubt the universe is unfolding as it should.

Therefore, be at peace with God, whatever you conceive Him to be. And whatever your labors and aspirations in the noisy confusion of life, keep peace in your soul. With all its sham, drudgery and broken dreams; it is still a beautiful world. Be cheerful.

Strive to be happy.
Max Ehrmann

quinta-feira, julho 10, 2008

Entrevista a Sheila Kitzinger

[Texto que descobri em pesquisas para o Relatório de Estágio. Ao que parece, saiu na Visão nº 588, de 9 de Junho de 2004.]

"QUEM É: Professora de enfermeiras obstetras, Sheila Kitzinger, 75 anos, corre mundo a falar da experiência do parto. Filha de uma parteira – que criou uma das primeiras clínicas de planeamento familiar, no Reino Unido –, percebeu, quando entrou para a faculdade, em Oxford, que toda a antropologia social andava à volta de visões masculinas.

CONDECORAÇÕES
Agraciada com a Ordem do Império Britânico, pelos seus serviços à educação sobre o parto.

LIVROS
Mais de 20. Três – Mães, A Experiência do Parto e Um Estudo Antropológico da Maternidade – estão disponíveis em português.

Polémica, esta antropóloga social conseguiu pôr o nascimento na lista de prioridades dos políticos.

Mãe cinco vezes e avó outras três, sempre de bebés nascidos em casa, Sheila Kitzinger não tem dúvidas de que o parto pode ser uma experiência altamente sexual. Para a antropóloga social, obrigar as mulheres a parir numa cama é «uma tortura» e a generalização da episiotomia (corte do períneo para evitar rasgões naturais, durante o parto) é a «mutilação genital feminina» do Ocidente. Assim fala a mulher referida pelos jornais britânicos como Mother of Birth (mãe do parto) do Reino Unido e graças a quem o seu país se tornou um dos mais avançados em termos de prática obstétrica.

Visão: O que fez para ser considerada a «mãe do parto», no Reino Unido?
SHEILA KITZINGER: No passado, o nascimento era considerado uma acto pessoal e biológico, tão antigo que não havia nada para dizer sobre ele. Eu fui a primeira pessoa a falar do parto como uma experiência. Não importa apenas se a mulher e o bebé estão vivos e de boa saúde, mas também como foi a experiência para a mãe. Isso tem implicações na forma como vai encarar a maternidade, a sua relação com o bebé e com o pai. Comecei a falar disto há 40 anos.

O que há de novo, na experiência do parto?
O nascimento tem a ver com a política, a identidade das mulheres, a forma como se relacionam com os homens e com os profissionais. Quando uma mulher dá à luz, é o parto dela, o bebé dela, o corpo dela. Devia poder escolher o que quer que aconteça. A grávida devia poder escolher uma parteira e só ter um obstetra quando há riscos envolvidos. São mais seguros os cuidados de uma parteira, desde a gravidez até ao nascimento.

Como é que o trabalho de uma parteira é mais seguro do que o de um obstetra?
As parteiras são especialistas em partos normais. Os obstetras, em partos anormais. Quando se trata o parto normal como se fosse anormal, acaba por se fazer dele anormal: intervém-se, administram-se drogas, estimula-se o útero para uma actividade artificial. E isso é perigoso.

Que perigos têm essas intervenções médicas?
Quando se estimula o útero de forma desnecessária, pode-se bloquear o fluxo sanguíneo na placenta, o que reduz o sangue oxigenado para o bebé. Além disso, as contracções são muito dolorosas e as mulheres não as conseguem controlar com relaxamento e respiração. Acabam por precisar de drogas contra a dor. Com essas drogas vêm outros efeitos secundários. É um ciclo. Uma intervenção leva a outra e acaba-se com um parto medicamente assistido.

A maioria das mulheres portuguesas não se queixa de assistência a mais, mas de ninguém as ter ajudado a ter um parto menos doloroso e mais rápido.
O que interessa não é ser mais rápido. Quanto mais rápido, mais doloroso. Se se queixam de muitas horas de trabalho de parto, é porque foram cedo demais para o hospital. Acredito muito no parto em casa. Há provas de que é seguro, quando não há gravidez de risco.

Como se define o risco?
Diabetes, bebés prematuros (menos de 37 semanas de gravidez), mulheres com hemorragias, tensão alta (pré-eclampsia ).

Esses são os riscos predeterminados. O problema pode surgir durante o parto, como o cordão umbilical à volta do pescoço…
Quando o cordão está no líquido amniótico, é como spaguetti no molho. Se se rompem as águas para acelerar o trabalho de parto artificialmente, o bebé desce muito rapidamente e aí o cordão, pode, de facto, estrangular o bebé. Mas, normalmente, o cordão flutua no líquido amniótico e pode estar à volta do pescoço do bebé sem que haja perigo.

E os bebés que não deram a volta para ficarem em posição fetal?
Sim, isso é um problema. Nesses casos, pode fazer-se uma cesariana, mas é melhor voltar o bebé com as mãos.

Como?
Chama-se inversão externa. Pode fazer-se depois das 37 semanas de gestação ou no início do trabalho de parto. Primeiro, massajam a mulher, de forma a que ela fique muito relaxada; a seguir, fazem-na balançar as ancas; e, depois, o médico empurra o bebé pelo rabo e roda-o, aos poucos, até que ele dê a volta, tudo com as mãos em cima da barriga da mãe. Os médicos deviam aprender a fazer isso.

Parece um método muito falível.
Há bebés que voltam à posição inicial, porque gostam mais de estar assim.

Nesse caso, a cesariana impõe-se?
Pode fazer-se cesariana ou um parto normal, desde que seja de pé. O bebé fica pendurado com as pernas de fora até que a cabeça saia devido ao peso do corpo.É outra forma de ter um bebé de rabo.

Esta solução seria mais perigosa?
Não. Depende do tamanho do bebé e do canal pélvico da mãe.

Para isso tudo, são precisas parteiras com muito boa formação.
Sim, claro. Neste momento, ainda não é assim em Portugal. Brevemente, terão três anos só para se especializarem em partos, o que deverá ser suficiente.

Ainda assim, todas essas alternativas parecem coisas arriscadas do passado, que já ninguém se atreve a fazer.
Vocês estão tão atrasados nestas coisas, que pensam assim. No Canadá e noutros países mais desenvolvidos, o trabalho das parteiras está a ser ressuscitado. Os obstetras abordam o nascimento do ponto de vista da patologia. Tratam todas as mulheres como uma ainda-não-doente.

Tendemos a pensar que o obstetra é mais especializado, mais sabedor do que uma parteira.
É verdade, eles são especialistas. Mas podem não saber absolutamente nada sobre partos normais. Alguns nunca viram um.

Será assim porque obstetra é sinónimo de hospitalização?
Sim. Mas, no Reino Unido, as parteiras fazem 70% dos partos nos hospitais. Aqui patologizam o nascimento. Abusam da episiotomia . Feita rotineiramente, é mutilação genital feminina. Falamos da mutilação genital em África, mas nós também a temos. Porquê fazer do nascimento uma cirurgia? Porquê fazer um corte? As mulheres ficam marcadas.

Marcadas, como?
Nos anos 70, fiz um estudo sobre a vivência das mulheres a quem foram feitas episiotomias . Havia muita investigação, mas todas sobre a forma como se faz o corte ou como se cose, nunca sobre os sentimentos das mulheres. Às vezes, o corte é apertado e a costura muito pequena, de forma que não podem ter relações a seguir. Uma episiotomia é um corte de terceiro grau, o que significa que vai até ao ânus. É como um velho lençol, se não se fizer um corte, é mais difícil de rasgar.

O princípio não é o mesmo para o corte natural?
Não. As investigações mostram que não se estende tanto como um corte artificial. Geralmente, a cura é mais fácil, depois de um rasgão natural. O ideal é o nascimento ser mais suave e vagaroso. Aí, gradualmente, os tecidos podem alargar-se, como as pétalas de uma flor ao sol.

Mas, dessa forma, não é mais moroso?
É, mas também mais agradável. Pode ser muito excitante. Isto são os nossos órgãos sexuais.

A versão do sofrimento do parto é muito mais frequente do que a do prazer e excitação.
Que triste! O nascimento é uma experiência psicossexual. O desejo de empurrar o bebé para fora pode ser fortemente sexual. Se a mulher seguir o seu próprio ritmo e estiver em contacto com o útero, pode ser muito excitante. Sim, há dor, mas ela é pouco importante, comparada com a emoção, desde que haja o ambiente certo.

O que é o ambiente certo para um nascimento?
Tem, sobretudo, a ver com as pessoas que estão à volta da mulher. Deitada na cama, fica numa posição terrível. Pior, só pendurada de cabeça para baixo. De pé, pode ser bom, ou de gatas, ou sentada na beira da cama, com as pernas bem abertas, ou mesmo de joelhos. Até o bebé sair, a mulher sente a necessidade de mexer as ancas, de fazer uma espécie de dança do nascimento, o que se torna impossível se for obrigada a estar na cama.

Se toda a gente acha que uma cama de hospital não é o melhor ambiente para se ter um bebé, porque é que continua a ser assim?
Está a mudar, mas não suficientemente depressa. Na Holanda, 30% das mulheres têm os filhos em casa e não é mais perigoso, desde que não haja riscos associados. Só é preciso uma ligação próxima ao hospital, o que deve ser tratado pela parteira. As coisas só mudarão se as mulheres derem as mãos às parteiras e trabalharem juntas, no mesmo sentido. Precisamos de profissionais muito boas para os partos serem mais seguros e positivos para as mulheres e as famílias. Hoje, em Inglaterra, muitas mães têm os bebés numa pequena piscina. A minha filha teve três filhos assim, em casa.

Na piscina, não há o perigo de o líquido amniótico sufocar a criança?
Faz falta mais investigação, porque é uma forma moderna de dar à luz. A grande vantagem de ter um bebé na água é que as margens da piscina impedem outras pessoas de estar em cima de nós. Nos hospitais, há sempre muita gente a dar ordens. Dizer à mulher para fazer força, no momento do parto, é como mandá-la ter um orgasmo quando está a ter relações. Não é preciso. Ela sabe muito bem o que tem a fazer.

É o instinto a funcionar?
É o nosso próprio mundo. Na piscina, somos livres de nos mexermos como queremos.O meu neto tinha 4 quilos e a mãe nem sequer teve um rasgão. Pôs-se de gatas e o bebé saiu por trás. Não foi preciso ninguém dizer-lhe nada. É muito triste que estas coisas não aconteçam em Portugal! Aqui, transformaram o parto numa tortura, sem necessidade nenhuma. As mulheres têm de fazer pressão para a mudança!

Em casa, não há monitorização do bebé. Como se pode fazer um parto em segurança?
As parteiras têm um pequeno scanner portátel que lhes permite ouvir o bebé, o que fazem de forma intermitente. Não é preciso estar a ouvir o bebé a toda a hora. As investigações mostram que utilizar o scanner é tão seguro como usar um aparelho mais complicado. Até é mais seguro.

Como?
Faz com que a cesariana seja menos frequente. Um dos problemas da maquinaria é ser interpretada de forma incorrecta pelos especialistas.

Tem cinco filhos. Como foram os seus partos?
Nasceram todos em casa. Tive um rasgão com o primeiro filho e precisei de pontos, mas fiquei bem, depois disso. O meu quarto filho nasceu muito depressa, em 40 minutos, por isso foi muito doloroso. No quinto, não tivemos tempo para chamar a parteira. O meu marido estava a filmar e só dizia: «Sorri! Sorri!» E foi o que fiz. Não quis pôr as minhas mãos entre as pernas, porque isso ia estragar-lhe o filme. Por isso, o bebé saiu sozinho. Eles podem fazer isto, quando não estão drogados.

A epidural tem essa interferência?
Em princípio, não. A epidural é boa para as mulheres que estejam com muitas dores e que a queiram. No meu tempo, não havia, mas eu teria odiado não sentir. O importante é sentir tudo. Se se aprender a fazer isso, através da respiração e relaxamento, é como uma contemplação com o nosso corpo. É como se o útero fosse o condutor e a mulher o maestro da orquestra.

Consegue-se dirigir essa orquestra, num hospital?
Temos de melhorar o ambiente nos hospitais. No Reino Unido, muita coisa está a mudar. A dor é pior, quando estamos presos e nos sentimos um bocado de carne na mesa. Não adianta dizer que não há dores, mas não tem de ser assim. O parto é um trabalho de músculos. Não é dor, mas há dor. Há cada vez mais mulheres a olhar para o nascimento como um trabalho do seu corpo, sem a ajuda do médico.

O que se observa hoje é exactamente o contrário. As mulheres não pedem partos mais naturais, mas, sim, mais cesarianas, para evitar a dor e o risco.
O que é um parto normal? Não é normal pedir a uma mulher para subir para uma cama e fazer o trabalho de parto deitada. O corpo é da mulher. A escolha deve ser dela. Acho que deve ter o direito de pedir uma cesariana. Mas porque é que elas querem cesarianas? Porque lhes é dito que é mais seguro para o bebé, acham que não vão ter dores, é-lhes garantido um obstetra e pensam que a vagina não será afectada e poderão ter sexo sem problemas.

Porque é que o parto acorda tantos medos?
Para muitas mulheres, a primeira experiência foi traumática. Tenho uma rede de apoio em caso de crise do parto, em que respondemos a pedidos de ajuda. Muitas mulheres sentem-se encurraladas, violadas. Isto é mais frequente quando há muita intervenção médica, em especial no que toca a induzir e a acelerar o trabalho de parto. Algumas têm pesadelos e flashbacks, numa segunda gravidez, e sofrem de stress pós-traumático.

Tem muitas guerras com os médicos?
Não. Nem sempre concordam comigo, mas não estou contra os obstetras. Claro que precisamos deles e alguns são muito bons."

terça-feira, julho 08, 2008

Olhando para trás…

Este tem sido um ano com muitos e longos períodos de clausura. As costas reclamam o peso dos livros e do portátil; os olhos, chorosos, pedem que os afaste do ecrã do computador; a pele, tão pálida!, parece gritar por um pouco de sol. Os meus melhores amigos vão sendo os chocolates, que cumprem, sempre fiéis, o seu papel de reforço para aquelas horas de trabalho extra.
Este tem sido um ano de trabalhos forçados, pejado de lágrimas. Lágrimas de cansaço, de desespero, de frustração. Mas também de sorrisos: de alegria, de alívio, de cumplicidade.
Fundamentalmente, tem sido um ano de descoberta de capacidades e de forças que não sabia habitarem em mim. Um ano de aventuras e de primeiras experiências, irrepetíveis na sua singularidade. Um ano de novos conhecimentos e amizades. (E um ano de perceber que certas amizades talvez não sejam assim tão fortes.)
Principalmente, um ano de crescimento, e de perceber o quanto já havia crescido sem dar por isso. Um ano de reflexão, de muitas dúvidas e poucas certezas.
Ainda tenho muito caminho pela frente! No entanto, para já, o balanço consegue ser bastante positivo.
"Where have you been
if you go i will surely die
we're chained
we're ch-ained
we're chained"

Pixies, Hey

segunda-feira, julho 07, 2008


Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Oh let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
We're both of us beneath our love, we're both of us above
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn
Dance me to the end of love

Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic till I'm gathered safely in
Touch me with your naked hand or touch me with your glove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Leonard Cohen, Dance me to the end of love
(...)
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Álvaro de Campos

quinta-feira, julho 03, 2008

Adenda ao post do dia 26/06

Tive 18! ;)

Por vezes, quando parece já não haver esperança possível

o Universo conspira para me ajudar.

[Terceira época de entrega da tese, até dia 26 de Novembro!]

quinta-feira, junho 26, 2008

Tenho exame de Terapias Biológicas e Psicofarmacologia daqui a uma hora e meia mas não me apetece rever a matéria. Estou estranhamente descansada com o exame, só não sei se isso será bom agoiro. Por um lado, pode significar que já sei tudo o que me propus estudar (o que por sinal diz respeito apenas a cerca de metade da matéria, ou seja, o que o professor foi apontando ao longo das aulas como sendo importante saber); por outro lado, pode apenas querer dizer que, depois de ter passado por tantas experiências novas este ano, um exame não é algo que me assuste por aí além (o que não implica que a matéria esteja minimamente sabida).

Enfim, o resultado do exame logo o dirá...!

terça-feira, junho 24, 2008

Paixão

Enquanto te espero, recordo-me de como nos conhecemos, numa esplanada que poderia ser esta, não fosse o idioma estranho do empregado que na altura me abordava. A linguagem universal dos gestos e sinalefas não estava a resultar, e eu fazia um esforço sobre-humano para me fazer entender. (Não poderia ter escolhido outro local para fugir? Um cuja língua eu realmente compreendesse?) Foi então que surgiste, "a knight in shining armour", traduzindo com facilidade o meu pedido de almoço. Senti-me corar, e balbuciei um qualquer agradecimento. Com o à-vontade que te é característico, sentaste-te na minha mesa a pretexto de saber notícias da nossa terra natal. Seduziste-me com a boa disposição que tão naturalmente oferecias e com a atenção que me devotaste, fazendo-me sentir a pessoa mais interessante do mundo. Eu, totalmente envolvida pelo teu olhar, bebia cada uma das tuas palavras. Um par de horas depois, ofereceste-te para me mostrares os pontos de interesse da cidade. Conversa puxa conversa, acabamos por jantar juntos e, seguidamente, deste-me a conhecer a noite frenética que caracteriza esse cantinho do universo. Sentia que te conhecia desde sempre, tal a intensidade do que estavamos a viver. Mas era a véspera de voltar para casa, e o cansaço ditava que fosse descansar para o hotel. No entanto, sem pensar, acabei por ceder ao teu convite de te acompanhar até casa. Ainda estremeço ao pensar no teu toque. Se fechar os olhos ainda vejo o teu corpo, sendo contornado pelos meus dedos trémulos. O sabor dos teus lábios, o perfume que exalas… todos os sentidos despertos, pela onda de paixão que me inundava. Desnudados, senti-te a pele, num cálido abraço. Foram trocadas carícias e palavras foram sussurradas ao ouvido. Os beijos abafavam os gemidos e, ofegantes, entregamo-nos um ao outro. (Loucura e pecado, entrelaçaram-se com o desejo de, no teu corpo, me perder.) Sem pudores, deixamo-nos consumir pela paixão, até que chegou a hora da despedida. Numa tentativa de prolongar o momento, foi combinado um encontro no futuro. Agora, aqui estou eu, o futuro transformado em presente. Mas o tempo vai passando, as mesas são consecutivamente ocupadas e vagadas e só eu continuo sentada, à espera. Olho para o relógio e não acredito que ainda possas aparecer… Não fico surpresa, há coisas (e pessoas) que pura e simplesmente não estão destinadas a acontecer.

segunda-feira, junho 23, 2008

[5 de Junho] Rodrigo Leão

@ Claustro do Mosteiro dos Jerónimos, sétimo e último concerto da série 7 Maravilhas EDP.

Foi uma noite mágica! Músicas lindíssimas, num ambiente etéreo.

Era evidente que todos os elementos da banda, mais do que a darem um concerto, estavam a fazer algo que os diverte ao máximo. Dá prazer assistir a artistas assim.

sábado, junho 21, 2008

Como tudo é efémero… Num momento, toda uma vida se estende pela frente: um futuro construído a dois, uma terceira vida que é gerada, fruto de amor. E, no momento seguinte, num suspiro, tudo desmorona. O destino saqueia sem dó aquilo que era mais importante. Ficam as memórias e a certeza de que o que existiu foi vivido intensamente.

Desabafo.

Inunda-me um desânimo tão grande. Dor, frustração, raiva, cansaço… são vários os sentimentos que carrego dentro do peito. [Os ombros descaídos, a pele descorada, os círculos negros em redor dos olhos, são projecções no soma do peso que se acumula na alma.] Não me posso permitir a vivê-los, há que manter a firmeza do passo e seguir o trilho que tenho vindo a desbravar. No final, estará o culminar de anos de trabalho, realizado com gosto (quase sempre), mas que, ultimamente, adquiriu um carácter de trabalhos forçados. Não me lembro como se iniciou esta caminhada, o que me levou a tomar certas decisões que me conduziram até aqui. E isso assusta-me. Vou continuar em frente, sem planear para lá do necessário… sem pensar, de forma a não me aperceber de que talvez este já não seja o caminho correcto para um futuro desejado. Mas não se pode prolongar este não pensar sem sentir os seus efeitos. As dores de cabeça súbitas e passageiras, o sono incontrolável em situações inesperadas, a perda de apetite e o apetite exagerado, os tiques nervosos… sinais de que o dique construído para conter todas as dúvidas e receios que me assolam, afinal não é tão forte como gosto de acreditar que é.




"Someday there'll be a cure for pain,
That's the day I throw my drugs away."
Morphine, Cure for pain

domingo, junho 08, 2008

SNAPS is the name of the game, the name of the game is SNAPS

Tudo pronto?
SNAP SNAP
Resolve o enigma!
SNAP SNAP
Sabes jogar?
SNAP

quarta-feira, junho 04, 2008

La Habitación de Fermat

A Matemática fascina-me, por isso tinha de ver este filme. Gostei, mas fiquei um pouco desiludida com os enigmas... já tão batidos!

terça-feira, maio 27, 2008

Supercalifragilisticexpialidocious

Even though the sound of it is something quite atrocious, if you say it loud enough you'll always sound precocious.
Supercalifragilisticexpialidocious!

sábado, maio 24, 2008

"I believe that, we can be extraordinary together, rather than ordinary apart."

terça-feira, maio 20, 2008

Conferência "Género e Somatização"

Entrada livre
Amanhã (dia 21 de Maio), pelas 21h30, no Anfiteatro 52 do edifício Egas Moniz da Faculdade de Medicina de Lisboa (Hospital de Santa Maria).
Conferência proferida pelo Professor Dr. João Alberto Carvalho(*) e comentada pela Professora Dra. Luísa Branco Vicente (Presidente do Instituto de Psicanálise) e pelo Dr. José António Barata (Presidente da Sociedade Portuguesa de Psicossomática).


(*) Médico Psiquiatra; Psicanalista; Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria; Professor Adjunto do Departamento de Neuropsiquiatria da Universidade Federal de Pernambuco; Doutor em Medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Preceptor da Residência Médica de Psiquiatria da Universidade Federal de Pernambuco; Mestre em Antropologia Cultural – Universidade Federal de PE, Curso de Especialização – Universidade de Londres; Ex-conselheiro do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco.

Orelhinhas

http://www.youtube.com/watch?v=K_9-soqPHA8

Coelhinho amoroso... apaixonado pela sua cenoura.

Ciclo de Cinema de Saúde Mental (Entrada Livre)

Tendo por objectivo debater questões relacionadas com a Saúde Mental e os Maus Tratos na Infância, o Departamento de Acção Social da Câmara Municipal de Lisboa em colaboração com a Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e com a Associação das Mulheres contra a Violência, organiza um ciclo de cinema, no auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro (*), composto por três filmes:

  • Crianças Invisíveis (dia 13 de Maio, às 21h)

    De Mehdi Charef, Emir Kusturica, Spike Lee, Kátia Lund, Ridley Scott, Jordan Scott, John Woo, Stefano Veneruso
    Com Francisco Anawake, Rosie Perez, David Thewlis, Zhao Ziann.
    Drama / M12
    Duração: 116m
    Data: FRA/ITA, 2005

    Comentários: Teresa Goldsmith & João Mário Grilo

  • Os Coristas (dia 20 de Maio, às 21h) HOJE!
    De Christophe Barratier
    Com Gérard Jugnot, Jean-Baptiste Maunier, François Berléand, Kad Merad, Jean-Paul Bonnaire, Marie Bunel e Jacques Perrin.
    Comédia / M12
    Duração: 95m
    Data: França, 2004

    Comentários: Daniel Sampaio & Ana Paula Torres Carvalho

  • Má Educação (dia 27 de Maio, às 21h)
    De Pedro Almodóvar
    Com Gael García Bernal, Fele Martínez, Javier Cámara e Leonor Watling.
    Drama / M16
    Duração: 105m
    Data: Espanha, 2004

    Comentários: João Seabra Diniz & Mário Augusto


(*) Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro
Endereço: Antigo Solar da Nora, Estrada de Telheiras
Acessos: Autocarros: 47, 67, 7 Metro: Telheiras (Linha verde)

segunda-feira, maio 19, 2008

“Don’t wonder why people go crazy. Wonder why they don’t.

In the face of all we can lose in a day, in an instant, wonder what the hell it is that makes us hold it together.”
"Criatividade é conservar ao longo da vida uma coisa que, a bem dizer, faz parte da experiência da primeira infância: a capacidade de criar o mundo."

D. W. Winnicott

"My blueberry nights"


Elizabeth: It took me nearly a year to get here. It wasn't so hard to cross that street after all, it all depends on who's waiting for you on the other side.

quinta-feira, maio 15, 2008

"O que é o dizer uma vez dito?
A palavra uma vez cantada?
Que se torna o sonho, uma vez sonhado?"

J. D. Nasio

quinta-feira, maio 08, 2008

Política: onde te situas?

http://www.politicalcompass.org/index


O meu resultado:

Economic Left/Right: -3.50
Social Libertarian/Authoritarian: -5.85

terça-feira, maio 06, 2008

http://pascalcampion.com/door.swf
"O ser do homem não pode ser compreendido sem a sua loucura, assim como não seria o ser do homem se não trouxesse em si a loucura como limite da sua liberdade."
Jacques Lacan

sábado, abril 12, 2008

PTgratis.com - Qualifique-se para produtos grátis

1.º passo: para te poderes qualificar, experimenta 1 dos
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Portanto, para ganhares o crédito que precisas para receber o teu prémio podes p. ex. fazer um trial grátis de um software durante 14 dias.
Atenção: durante o registo é pedido o teu cartão de crédito, mas isto é para a eventualidade de gostares do software e o quereres subscrever findo o período de trial. Portanto, antes do período de trial acabar tens que cancelar a conta! (Se não queres usar o teu cartão de crédito, basta increveres-te no mbnet, que fornece um cartão multibanco virtual, com 30 dias de validade).

Não te esqueças de usar o link que aqui forneço pra te registares no site. Desta forma, após teres também experimentado um dos produtos, tornas-te uma das 10 pessoas que eu referenciei. Depois já só te faltam convenceres também 10 amigos, para ganhares a oferta que escolheste.

sábado, fevereiro 02, 2008

Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street


"I can guarantee the closest shave you'll ever know."


Filme de Tim Burton, preciso de dizer mais alguma coisa...? ;)

quinta-feira, janeiro 31, 2008

The assassination of Jesse James by the coward Robert Ford

Daqueles filmes que vale mesmo a pena ir ver.

sexta-feira, janeiro 18, 2008


Would you tell me, please, which way I ought to go from here?
That depends a good deal on where you want to get to, said the Cat.
I don't much care where-- said Alice.
Then it doesn't matter which way you go, said the Cat.


[Lewis Carroll, Alice's adventures in wonderland]