sábado, junho 21, 2008

Desabafo.

Inunda-me um desânimo tão grande. Dor, frustração, raiva, cansaço… são vários os sentimentos que carrego dentro do peito. [Os ombros descaídos, a pele descorada, os círculos negros em redor dos olhos, são projecções no soma do peso que se acumula na alma.] Não me posso permitir a vivê-los, há que manter a firmeza do passo e seguir o trilho que tenho vindo a desbravar. No final, estará o culminar de anos de trabalho, realizado com gosto (quase sempre), mas que, ultimamente, adquiriu um carácter de trabalhos forçados. Não me lembro como se iniciou esta caminhada, o que me levou a tomar certas decisões que me conduziram até aqui. E isso assusta-me. Vou continuar em frente, sem planear para lá do necessário… sem pensar, de forma a não me aperceber de que talvez este já não seja o caminho correcto para um futuro desejado. Mas não se pode prolongar este não pensar sem sentir os seus efeitos. As dores de cabeça súbitas e passageiras, o sono incontrolável em situações inesperadas, a perda de apetite e o apetite exagerado, os tiques nervosos… sinais de que o dique construído para conter todas as dúvidas e receios que me assolam, afinal não é tão forte como gosto de acreditar que é.




"Someday there'll be a cure for pain,
That's the day I throw my drugs away."
Morphine, Cure for pain

1 comentário:

Cá em casa somos 3: disse...

I believe in YOU *