terça-feira, setembro 12, 2006

Um gato cinza no telhado, olhos verdes que faíscam e rabo pendente. Por detrás, a lua redonda e branca - alcunham-na de Cheia (cheia dos sonhos e pedidos de quem a contempla?). Infinitas estrelas tremeluzem no alto, mas não chegam para alumiar o caminho. Uma estrada de alcatrão, negra não fora a luz baça de um ou outro candeeiro. E ela caminha, sob o olhar felino, bamboleando-se no alto dos seus saltos. Balança a carteira na mão, os cabelos acompanham a dança. O destino? Não o tinha quando saiu. Mas ele está traçado: o gume de uma faca reluz na esquina escura adiante…

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