No topo da falésia, um vulto recortava-se contra o céu raiado de laranja. Ele aproximou-se. Lentamente, passou-lhe os dedos pelos cabelos soltos e os seus lábios tocaram-se suavemente.
Tendo como pano de fundo as luzes da cidade, sentaram-se olhando o horizonte. Ele pousou-lhe o braço sobre o ombro, puxando-a docemente para si, e esperaram.
Ao longe o Sol ia descendo no céu, tornando-se cada vez mais vermelho, cada vez mais intenso... qual último grito desesperado.
No final, quando apenas uns ténues raios lutavam contra o pesado cair da escuridão, ela olhou-o nos olhos procurando certezas.
Levantaram-se. De mãos dadas aproximaram-se da beira da falésia... e saltaram, no escuro abismo da eternidade.
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