sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Revolutionary Road


Revolutionary Road, para mim, revelou-se sobretudo como um retrato honesto, despojado de saudosismo, do papel que a sociedade atribuia às mulheres, de classe média, da América dos anos 50. Numa época em que era esperado que a mulher atingisse a felicidade plena ao tornar-se esposa, mãe e dona de casa perfeita, numa bela casinha nos subúrbios, surge-nos uma mulher que aspira a algo diferente para a sua vida mas que, por força das circunstâncias, se vê presa numa existência que apenas sente como rotineira e solitária. Uma mulher incompreendida, inconformada, quiçá à frente da sua época, que procura encontrar uma forma de retomar as rédeas da sua vida e salvar o seu casamento.


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